Mateus 5:26 “Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás daí enquanto não pagares o último ceitil”.
O Espírito imortal, nas suas incontáveis reencarnações, acumula experiências de diversas ordens. O livre arbítrio, dádiva de Deus, faculta-lhe a escolha do caminho a seguir. Porém, as facilidades e a lei do menor esforço parecem influenciar-nos fortemente para o desvirtuamento dos bons caminhos.
Então, temos nesse contexto as razões de estarmos vivenciando no Orbe terrestre as vicissitudes próprias do nosso estado evolutivo.
A instrução afasta a ignorância que obstaculiza o nosso crescimento espiritual. A Doutrina dos Espíritos, como revelação consoladora, permite-nos o devido esclarecimento das leis Divinas, da imortalidade do Espírito, da reencarnação e da lei de causa e efeito.
Contudo, o “véu da ignorância” ainda permanece como uma sombra encobrindo o nosso discernimento, mesmo com a clareza que temos hoje, sobre as consequências das transgressões das Leis de Deus.
Fruto da nossa teimosia, as dores e sofrimentos vão se acumulando, trazendo-nos os mais variados transtornos de ordem física e psíquica. A ansiedade, atualmente, supera a depressão. As incertezas se avolumam, causando um turbilhão mental que necessita de amparo médico-psicológico.
Mas, por que vivemos nesse estado de tormenta? A causa é a ausência de Deus! Pouco ou nenhum tempo dedicamos ao Criador, tal qual filhos ingratos que esquecem do sentimento de gratidão, que segundo o filósofo grego Antístenes, é a memória do coração.
O despertamento para a realidade da vida é a bússola que nos servirá de guia para seguirmos e alcançarmos os patamares do nosso crescimento espiritual. A jornada é longa e precisamos antes de tudo da vontade, que nos impulsionará para esse trabalho ditoso.
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, nos diz no livro “Caminho Espírita”, pág.21: “Seja qual for a experiência, convence-te de que Deus está convosco em todos os caminhos. Isso não significa omissão de responsabilidades ou exoneração da incumbência de que o Senhor nos revestiu. Não há consciência sem compromisso, como não existe dignidade sem lei”.
A par disso, tenhamos consciência de que temos deveres a cumprir, refazendo as atitudes equivocadas do passado. Contudo, aceitemos essa obrigação como oportunidade de crescimento e, jamais, como castigo.
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Quem sempre nos cobrará as reparações, será a nossa consciência lúcida e arrependida. Durante a programação reencarnatória, cuja escolha é fruto do livre arbítrio concedido pelo Criador.
Ainda, Francisco Cândido Xavier apresenta no livro “Assim Vencerás”, pág.22, pelo Espírito Emmanuel: “Aproveitemos a luta e a dificuldade que a experiência nos oferece, cada dia, e habilitar-nos-emos a converter as sombras da antiga animalidade, que muitas vezes ainda nos domina, em luz da espiritualidade santificante para a nossa ascensão à vida excelsa”. As nossas atitudes devem ser precedidas pelo bom senso.