Comportamento Convivendo Natureza

Ecoansiedade: como lidar com as mudanças extremas do planeta

Imagem de uma paisagem com a representação de uma árvore bonita e frondosa de um lado da tela e do outro, uma árvore seca, simbolizando os efeitos das mudanças climáticas.
Vieriu Adrian / Getty Images / Canva
Escrito por Giselli Duarte

A ecoansiedade é o medo constante das mudanças climáticas e suas consequências, como desastres naturais e o futuro incerto. Embora seja uma reação compreensível, é possível enfrentar essa angústia agindo de forma consciente, como apoiando políticas ambientais e buscando equilíbrio emocional.

Você já sentiu um aperto no peito ao ver imagens de enchentes devastando cidades, ondas de calor sufocantes ou incêndios florestais fora de controle? Já se pegou pensando no futuro e se perguntando: “Para onde estamos indo?” Se sim, você não está sozinho. Esse sentimento tem nome: ecoansiedade.

Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento assustador de fenômenos climáticos extremos. Chuvas intensas que causam deslizamentos e alagam cidades inteiras. Temperaturas recordes tornam os verões insuportáveis.

Secas prolongadas ameaçam plantações e o abastecimento de água. E tudo isso com a sensação constante de que as coisas estão piorando rapidamente.

Diante desse cenário, é natural sentir medo, angústia e até mesmo impotência. Mas como podemos lidar com essa ansiedade sem nos paralisar?

O que é ecoansiedade?

Ecoansiedade é um termo usado para descrever o medo crônico do colapso ambiental. Diferente de preocupações comuns sobre o clima, ela envolve um sentimento de angústia, acompanhado de pensamentos como:

“O que vai acontecer com as próximas gerações?”

“E se minha cidade for atingida por um desastre?”

“De que adianta fazer minha parte se os grandes responsáveis continuam poluindo?”

Essa sensação pode gerar estresse constante, insônia, irritabilidade e até desmotivação. Afinal, como manter a rotina quando parece que o mundo está desmoronando?

As mudanças climáticas e seus impactos reais

A ecoansiedade não é um medo infundado. Os eventos extremos que estamos vivendo são uma consequência real das mudanças climáticas.

Chuvas intensas e enchentes – O aumento da temperatura global faz com que o ar retenha mais umidade, resultando em chuvas cada vez mais fortes. Isso, somado à ocupação desordenada das cidades, torna os alagamentos mais frequentes e destrutivos.

Imagem de uma jovem reagindo ao calor extremo com garrafa de água e toalha
Aflo Images / Aflo Images / Canva

Calor extremo – Ondas de calor não são apenas desconfortáveis, mas perigosas. O aumento das temperaturas impacta diretamente a saúde, causa secas severas e sobrecarrega o consumo de energia, levando a apagões.

Eventos imprevisíveis – Tempestades, ciclones, incêndios florestais e outras catástrofes naturais estão se tornando cada vez mais comuns, exigindo que governos e populações se adaptem rapidamente a uma nova realidade.

E a verdade é que essa realidade não vai desaparecer tão cedo. Então, como podemos seguir em frente sem ser consumidos pelo medo?

Como lidar com a ecoansiedade?

Se sentir ansioso diante da crise climática é compreensível, mas existem maneiras de reduzir esse impacto emocional e agir de forma mais equilibrada.

  1. Foque no que você pode fazer

É fácil sentir que não temos controle sobre a situação, mas pequenas ações podem fazer diferença. Reduzir o consumo, apoiar políticas ambientais, usar transporte sustentável e incentivar mudanças em sua comunidade são formas de agir.

  1. Se informe, mas com moderação

Acompanhar notícias sobre o clima é importante, mas o excesso de informações negativas pode aumentar a ansiedade. Estabeleça limites para o consumo de notícias e busque fontes confiáveis.

  1. Conecte-se com a natureza

Passar tempo ao ar livre, mesmo que seja em um parque ou jardim, pode ajudar a aliviar o estresse. A reconexão com o meio ambiente fortalece o senso de pertencimento e pode trazer mais clareza sobre o que realmente importa.

Imagem de uma pessoa plantando uma árvore, se conectando com a natureza.
Artesão / Pixabay / Canva
  1. Busque apoio

Conversar com amigos, participar de grupos de ativismo ou até buscar ajuda profissional pode fazer uma grande diferença. Compartilhar suas preocupações pode aliviar o peso que você carrega sozinho.

  1. Pratique a resiliência emocional

O mundo está mudando rapidamente, e aprender a lidar com essa realidade é essencial. Técnicas como meditação, exercícios físicos e momentos de descanso podem ajudar a manter o equilíbrio emocional.

O futuro ainda pode ser escrito

A ecoansiedade nos lembra de algo importante: nos importamos com o planeta e com o futuro. Sentir-se preocupado não significa que tudo está perdido, mas sim que ainda há tempo para agir.

Sim, o cenário é preocupante, e os desafios são grandes. Mas também há progresso, avanços tecnológicos e um número crescente de pessoas empenhadas em mudar essa realidade.

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Em vez de paralisar pelo medo, podemos transformar essa ansiedade em um impulso para agir. E, acima de tudo, podemos lembrar que não estamos sozinhos nessa caminhada.

Se pudéssemos fazer algo pelo planeta hoje, qual seria o primeiro passo?

Sobre o autor

Giselli Duarte

Nunca fui alguém que se contenta em observar a vida passar. A inquietação sempre pulsou em mim, guiando-me a atravessar caminhos diversos, por vezes improváveis, mas sempre significativos. Não se tratava de buscar respostas rápidas, mas de me deixar ser moldada pelas perguntas.

Meu primeiro contato com o trabalho foi aos 14 anos. Não era apenas sobre ganhar meu próprio dinheiro, mas sobre entender como o mundo se movia, como as relações de troca iam além de cifras. Com o tempo, percebi que meu lugar não seria apenas cumprir horários, mas criar algo próprio. Assim, aos 21, nasceu meu primeiro negócio, registrado formalmente. Desde então, empreender tornou-se tanto profissão quanto paixão.

Mas, por trás dessa trajetória profissional, sempre existiu uma busca interior que muitas vezes precisei calar para priorizar o mundo exterior. Foi somente quando o cansaço me alcançou na forma de burnout que entendi que não podia mais ignorar a necessidade de olhar para dentro. Yoga e meditação não foram apenas escapes, mas verdadeiras reconexões com uma parte de mim que havia sido negligenciada.

Foi nesse espaço de silêncio que descobri o quanto a curiosidade que sempre me guiou podia ser dirigida também para dentro. Formei-me em Hatha Yoga, dentre outras terapias integrativas, e comecei a dividir o que aprendi com outras pessoas, conduzindo práticas e compartilhando reflexões em plataformas como Insight Timer e Aura Health. Ensinar, percebi, é uma das formas mais puras de aprender.

A escrita foi um desdobramento natural desse processo. Sempre acreditei que as palavras possuem a capacidade de transformar não só quem as lê, mas também quem as escreve. Meus livros, No Caminho do Autoconhecimento e Lado B, são registros de uma caminhada que não se encerra, mas que encontra sentido na partilha. Participar de antologias poéticas também me mostrou a força do coletivo, de somar vozes em algo maior.

Cada curso que fiz, cada desafio que enfrentei, trouxe peças para um mosaico em constante formação. Marketing, design, gestão estratégica – cada aprendizado me preparou para algo que, na época, eu ainda não conseguia nomear. Hoje, entendo que tudo se conecta.

Minha missão não é ensinar verdades absolutas, mas oferecer ferramentas para que cada pessoa possa encontrar suas próprias respostas. Seja através da meditação, da escrita ou de uma simples conversa, acredito que o autoconhecimento é um processo contínuo, sem fim, mas cheio de significado.

E você, o que tem feito para ouvir as perguntas que habitam em você? Talvez nelas esteja o próximo passo para um novo horizonte.

Curso
Meditação para quem não sabe meditar

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