O leite materno é dos alimentos mais importantes para nossa saúde, além dos nutrientes e vitaminas importantes para o crescimento e desenvolvimento do bebê, transmite diversos anticorpos da mãe para o neném, sendo um ótimo aliado para a prevenção de algumas doenças.
Existem diversos mitos em torno do aleitamento materno, por isso, é importante saber que não existe leite fraco, pouco leite, neném que não mama, etc. O bebê, assim como todo filhote, acaba de nascer e precisa aprender tudo, inclusive a mamar.
Quando está no útero da mãe o neném se alimenta pelo cordão umbilical e não precisa de nenhuma ação para isso. Ao nascer, já não é tão simples assim, mas precisamos entender que isso é natural ao nosso corpo, tanto a sucção do bebê como a produção do leite.
Com ajuda de um profissional da saúde a mãe e o neném encontram o melhor jeito para que a amamentação ocorra sem causar dores à mãe e nem deixar o bebê com fome. Este momento é importante para criar o laço e aproximar os dois. Por isso recomenda-se fazê-lo já na primeira hora de vida.
Mamar será a primeira coisa que o neném aprenderá e por conta disso será o que mais vai fazer, principalmente na sua fase inicial. Vai além da alimentação, também servirá para auxiliá-lo em diversas outras coisas, por exemplo, acalmar quando estiver ansioso e agitado, confortar quando se sentir com medo, com alguma irritação ou dores (como cólicas), ou simplesmente para ganhar carinho e aconchego no colo da mãe.
Nenhum corpo é igual ao outro, desde a gravidez a mulher já consegue perceber isso, pois cada uma tem sintomas e sensações diferentes. O mesmo ocorre com a produção do leite. Algumas pessoas têm o costume de ficar comparando um leite com o outro, criando mitos sobre a cor, espessura e quantidade. Saiba que seu corpo produzirá leite de acordo com as necessidades do seu bebê.
Por muitos anos houve discussões sobre o aleitamento materno, de quanto em quanto tempo o neném deve mamar, até quando deve realizar a amamentação exclusiva, quando é necessário complemento e etc. Ainda há diversas linhas pediátricas sobre o assunto, porém estudos apontam e a OMS recomenda amamentação exclusiva em livre demanda até os seis meses.
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Esta realidade ainda não é possível em muitos países, inclusive no Brasil, por exemplo, pois a licença maternidade é de apenas quatro meses, ou seja, muitas mães precisam introduzir o complemento ou a alimentação sólida mais cedo, para poder voltar ao trabalho.
Mesmo nestes casos é importante não interromper a amamentação, recomendada até os dois anos, mesmo depois que o neném passar a comer. Apesar de muitas pessoas acreditarem que após os seis meses o leite não tem mais valor nutritivo, ele continua sendo rico em vitaminas, anticorpos, gordura e nutrientes enquanto for produzido. Porém após os seis meses o neném começa a precisar de outras fontes de alimentos.
É certo que alguns bebês acabam tendo perda de peso ou recusa ao leite, porém, somente um médico pediatra pode avaliar se há necessidade ou não de substituir ou complementar o aleitamento materno.
- Escrito por Carolina Peixoto da Equipe Eu Sem Fronteiras.