Ele achava que tinha o mundo aos seus pés, toda a família se esforçava para satisfazer seus desejos, até os mais absurdos. Pai e mãe foram aos poucos se anulando para viver exclusivamente para atender as necessidades materiais do filho: aquele brinquedo, aquele e aquele outro, os passeios, as roupas, aquele restaurante, a melhor e mais cara escola, etc.
Ele cresceu acostumado com os aplausos, com o “sim” absoluto, as festas, o ganhar sempre. Porém, lá dentro havia um buraco, um vazio, ele sentia-se carente de pai e mãe, eles já estavam muito distantes, a quilômetros de distância…
Lembrete: pai e mãe fazem o que conseguem fazer, fazem o que acham ser o melhor naquele momento, não cabe a nós colocar toda a responsabilidade em um ou outro que seja.
Até que um dia, já adolescente, alguém lhe disse “não”. A casa caiu, ou melhor, sua casa passou a ser seu quarto. Não quer sair de lá para fazer as refeições junto com a família. Se querem saber como ele está, batem na porta do quarto, quando ele abre, perguntam: “Como você está?.” Resposta: “Estou bem”. Já não quer sair para se encontrar com os amigos, nem ir para a faculdade, tem faltado no trabalho com frequência.
Imaginem quantas lágrimas já rolaram de seu rosto e do rosto de seus pais?
Numa das sessões de Cinesiologia, seu corpo lhe falou que seu medo tem um sabor amargo, o suor brota no rosto, ninguém vê.
Esse jovem precisou trabalhar o medo da rejeição, pois alguém lhe falou “não” e ele reagiu como se o mundo inteiro só falasse não para ele. Ele acha que ninguém o vê, ninguém vê suas reais necessidades, nem mesmo ele próprio.
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Numa das correções feitas durante uma sessão, seu corpo pediu para ter humildade o suficiente para dar e receber. Ele que achava que deveria receber sempre, precisou aprender a dar também. Entendeu que não pode só receber dos pais, precisa dar atenção, carinho, respeito, amor. Seus pais também precisaram aprender a dar além das necessidades materiais. Dar o seu melhor no trabalho e com os amigos, sua dedicação aos estudos.
Pais e filho precisaram reaprender a conviver
Assim, esse jovem está aprendendo a abrir a porta do quarto e as portas para a vida, para as oportunidades, o crescimento. Ele já consegue ver uma nova luz em sua vida.