Hoje vou falar sobre uma palavrinha mágica que, apesar de pequena, causa grande desconforto tanto para quem fala quanto para quem ouve: o “não”!
Mas por que temos tanta dificuldade em dizer “não”? Porque somos educados e condicionados por família, pais, escola e sociedade a sermos sempre “gentis”, “educados”, “respeitosos” e “corretos”. Estes são valores louváveis e benéficos para as relações humanas, mas a forma como absorvemos estas “imposições” faz uma grande diferença.
Se desde cedo não aprendemos a falar “não”, a impor limites, cada nova situação vai se tornando mais trabalhosa. Além disso, temos uma tremenda necessidade de aparentar ser o que esperam da gente, mesmo que lá no fundo não seja bem assim. Ainda nos preocupamos demais com o que os outros vão falar e pensar. Acreditamos que não possamos nem devamos magoar ninguém e que é “feio” dizer “não”.
E assim, frustrados, seguimos pela vida como simples fantoches, fazendo muitas vezes o que não gostamos, o que não queremos, para mantermos a nossa aparência de perfeitos e bondosos.
E sofremos e adoecemos.
Falar “não” também é amar, primeiramente a si e depois ao outro. Falar “não” quando realmente não queremos é ser verdadeiro e honesto consigo e com o próximo. Quantas vezes “engolimos sapo” em situações que nos deixam pra baixo por medo de dizer “não”? Precisamos aprender a falá-lo com amor e sem agressividade.
Falar “não” muitas vezes é impor limites, é dizer até onde o outro pode ou não ir. Falar “não” é se respeitar e respeitar o outro, mesmo que em determinado momento ele não consiga perceber. Diga não ao desrespeito, diga não às ofensas, diga não à falta de amor, diga não às imposições que não lhe agradam.
Mas, antes de tudo isso, antes de sair por aí dizendo “não” e impondo os limites para o que não te faz feliz, reflita: você está preparado para ouvir o “não”? Acredito que ouvir ainda seja mais trabalhoso do que dizer, pois ainda nos sentimos magoados, frustrados quando o outro não age como achamos que deveria. Ainda o colocamos como ingrato, como insensível, o julgamos. Ainda não conseguimos aceitar as diferenças, as vontades e os desejos do outro.
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Como está o seu respeito ao “não” alheio? Como você está lidando com os “nãos” que os outros e a vida estão lhe dando? Como criança chorona e birrenta ou com compreensão e amor? Apenas quando conseguirmos avaliar e trabalhar o nosso ouvir o “não” é que estaremos aptos a falar o verdadeiro “não” com amor.