Muito tem se ouvido falar sobre microcefalia, mas você sabe o que essa palavra significa? Pois bem, a microcefalia é uma condição rara neurológica em que o cérebro e a cabeça das crianças são relativamente menores do que a de outras do mesmo sexo e da mesma idade.
Essas crianças possuem problemas em seu desenvolvimento. Vale ressaltar, que não existe uma cura em definitivo para esse problema, mas alguns tratamentos são capazes de melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento dessas crianças, desde é claro, se forem iniciados logo nos primeiros anos de vida.
Existem uma série de causas para a microcefalia, tanto ambientais quanto genéticas. Por exemplo, quando ainda na gestação a mãe desenvolve rubéola, toxoplasmose ou infecção congênita ou mantiver contato com alguns produtos químicos, álcool e drogas, malformações do sistema central nervoso, fenilcetonúria materna ou complicações durante o parto ou a gestação, que acabam por diminuir no cérebro da criança a quantidade de oxigenação.
Síndrome de Edwards, Síndrome de Down, Síndrome de Seckel, Síndrome de Cornelia de Lange, Síndrome de Smith Lemli Optiz são algumas das doenças que podem causar a microcefalia.
Recentemente, o Ministério da Saúde vem alertando as mulheres sobre a possível relação entre a microcefalia e o zika vírus. Este vírus é transmitido através do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que é responsável pela transmissão da febre chikungunya e da dengue.
Não há ainda uma confirmação, mas estudos estão sendo feitos para esclarecer a atuação desse vírus no nosso organismo, como o feto é infectado e qual é o período em que as gestantes estão mais vulneráveis à contaminação. O que se sabe por enquanto, é que o período crítico, são os quatro primeiros meses de gestação.
A doença pode ser diagnosticada através de acompanhamento médico.
Ele, medirá com fita métrica a cabeça da criança. As medidas serão comparadas a uma tabela totalmente padronizada, e são essas medições, que irão determinar se a criança tem ou não microcefalia.
Exames como ressonância magnética, tomografia da cabeça e exames de sangue podem ajudar no diagnóstico e até mesmo a conhecer as causas da doença.
Durante a vida, as crianças com esse problema podem apresentar: hiperatividade, déficit intelectual, distorções na face, alterações neurológicas, epilepsia, baixa estatura, nanismo, atraso nas funções da fala e funções motoras e dificuldades no equilíbrio e de coordenação.
Se a microcefalia tiver causa genética, é possível fazer a prevenção. Por isso, é tão importante que haja um acompanhamento médico. Não fazer uso de medicamentos sem que tenha sido prescrito por médicos, não ingerir álcool durante o período gestacional e evitar contato com pessoas que estejam com infecções e com febre são alguns dos cuidados que se deve tomar.
A rotina dessas mamães que têm bebês com microcefalias é marcada por consultas médicas, exames e diversos tratamentos, que vão desde a estimulação auditiva e visual até a fisioterapia.
Diversas mães com filhos nessas condições têm procurado apoio e fé umas nas outras para enfrentar esses problemas. Mães acabam abandonando seus empregos e sua vida em geral, para se dedicarem a proporcionar uma vida digna para essas crianças, e a maioria ainda é abandonada pelos maridos.
A história de diversas mulheres que passam por essa nova condição pode ser lida em depoimentos na página Cabeça e Coração, que traz relatos de mães com crianças com microcefalia e ainda apresenta dados para quem estiver disposto a fazer doações a essas famílias.
A página foi criada por uma economista, uma jornalista e uma estudante, na tentativa de mudar o cenário triste que temos visto, com a grande epidemia de microcefalia e de zika vírus em todo o país. Segundo as próprias criadoras, essas crianças terão de fazer terapias semanalmente e necessitarão de cuidados especiais pela vida toda.
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Dessa maneira, os relatos nos ajudam a entender o tamanho desse drama.
Você pode ajudar fazendo uma transferência bancária diretamente para a conta da mãe da criança, ou enviar pelo correio itens que estejam sendo pedidos.