Pranayama pode ser traduzido como domínio de bioenergia e resume-se em exercícios de respiração que são praticados durante o yoga ou meditação.
A filosofia explica que a respiração funciona por conta própria, não sendo necessário um comando consciente, mas, nós podemos influenciar com facilidade o sistema respiratório, por exemplo, quando estamos nervosos ou ansiosos e precisamos nos acalmar; quando vamos tomar uma decisão importante que pode mudar nossas vidas ou qualquer outra situação que exija um pouco mais do corpo e da mente é comum buscarmos na respiração a concentração para tomar algumas atitudes. Partindo desse princípio, o objetivo do pranayama associado a outras técnicas da yoga é criar um corpo saudável, manter o equilíbrio emocional e arquitetar a mente.
Por meio da respiração há o caminho filosófico e o entendimento da existência de Deus, podendo ser traduzido como inspiração, que liga as pessoas ao mundo externo e expiração que é o ato do desapego, de deixar livre. Esses caminhos são denominados pravrtti marga – caminho da criação – e nivrtti marga – caminho da renúncia. Os praticantes treinam para garantir o equilíbrio entre os dois caminhos.
Iyengar, grande mestre da yoga, em seu livro A Árvore do Yoga, compara a filosofia da técnica com os elementos de uma árvore. “Como as folhas que arejam a árvore e fornecem nutrientes para que seu crescimento seja saudável, também o pranayama alimenta e areja as células, os nervos, os órgãos, a inteligência e a consciência do sistema humano. Quando estamos realizando um àsana-(postura física), só podemos entender plenamente o corpo se sincronizarmos a respiração com o movimento. Prana é energia. Ayama é criação, distribuição e manutenção. Pranayamas é a ciência da respiração, que leva à criação, distribuição e manutenção da energia vital”.
Vale ressaltar que cada exercício tem uma função específica e deve ser realizado de acordo com suas expectativas e necessidades. Independente do exercício escolhido é preciso manter a coluna reta e utilizar as narinas na inspiração, com o ar para dentro e na expiração com o ar para fora.
Respiração Abdominal
- Deixando sua coluna ereta você pode se manter deitado ou sentado.
- Quando inspirar (ar para dentro) sua barriga será projetada para fora e ao expirar (ar para fora), sua barriga será projetada para dentro.
- Vale lembrar que durante o exercício a barriga deve estar relaxada.
Respiração Média
- Suas mãos devem estar sobre as costelas para que você perceba a movimentação delas. Movimente as mãos até a parte lateral e a parte de trás do tronco.
- Inspire (ar para dentro), movimentando as costelas num efeito sanfona.
- Expire (ar para fora) até perceber que as costelas estão se fechando.
Respiração Alta
- Posicione suas mãos nas clavículas.
- Sem forçar o movimento, inspire (ar para dentro) deixando que os ombros se elevem naturalmente.
Você também pode gostar
Respiração Completa
- Nesta etapa é preciso unir as três fases da respiração: abdômen, costela e peito.
- Inspire (ar para dentro) forçando automaticamente a barriga para fora, expandindo a costela e inflando o peito.
- Expire (ar para fora) e faça o movimento inverso, primeiro o peito, depois a costela e por último o abdômen.
- Escrito por Natália Nocelli da Equipe Eu Sem Fronteiras.