Ao contrário do que toda a mídia defende em relação à aquisição de bens materiais, serviços e condições de vida, Edward Bach nos fala que os pais devem dar aos filhos um conhecimento e uma vivência intransferíveis porque precisam ser vividos diariamente com coerência entre os postulados e a prática: as orientações espiritual, mental e ética. Através do exemplo e dos ensinamentos inerentes a cada experiência.
Ter um filho neste momento econômico é a maior prova de caridade de desejo abnegado de ajudar a humanidade, pois os pais deixam de ser meros provedores materiais. Passam a se constituir como mestres que devem usar a sabedoria para educar, dando autonomia de pensamento e de tomada de decisões para seus filhos.
(…) os filhos de Deus nunca devem sentir medo, (…) nossas Almas só nos dão tarefas que somos capazes de levar a cabo e que com a nossa coragem e com a nossa fé na Divindade existente dentro de nós a vitória chegará para todos os que perseveram em sua luta.
Edward Bach
Para isso, esses ensinamentos não podem ocorrer sob o jugo da imposição, pois cada criança “é uma alma individual que veio ao mundo para adquirir a própria experiência e conhecimento em seu próprio caminho, segundo os desígnios do seu Eu superior” (2006, p. 39).
Um trabalho que deve ser refletido e abnegado, pois o objetivo máximo é dar carinho, proteção e orientação, por um breve período, sem apegos excessivos, pois a “independência, a individualidade e a liberdade devem ser ensinadas desde o começo, e a criança deve ser estimulada o mais cedo possível a pensar e agir por si mesma” (2006, p.40).
Dr. Bach nos coloca um desafio: não confrontar o jovem aos desejos e ideias dos pais, freando qualquer dominação, pois o ofício dos mestres é apenas dar orientação e oportunidade para o jovem aprender as coisas do mundo e da vida de modo que “cada criança possa absorver o conhecimento a sua maneira e, se a liberdade lhe for concedida, escolher instintivamente o que seja necessário para o êxito de sua vida” (2006, p.41).
Cada um de nós tem seu livre-arbítrio para fazer escolhas e, a partir delas, viver seu caminho. Assim, compreendo que a lição pedagógica que Bach quer nos dar é uma perspectiva de responsabilizar cada um de nós por nossos pensamentos, sentimentos e atitudes, gerando uma ampliação da consciência e da responsabilidade perante nossa existência e nossa evolução.
Mas como colocar essas premissas em prática diante de uma sociedade adoecida e superficial? Crianças são apresentadas a estímulos hedonistas e a uma ética da acumulação e da solidão. Não brincam mais juntas, não sabem resolver seus conflitos e, o mais grave, apresentam uma necessidade absoluta de recompensa imediata. Sem ela, se tornam seres entediados e ansiosos.
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A missão dos pais e mestres nesta sociedade é orientar e mostrar que as escolhas da vida refletem nossos padrões emocionais que são resultantes de nossos padrões mentais. Assim, para haver unidade, há de se pensar sobre qual é seu projeto de vida, quem você é e como quer ficar!
Muita paz!
Leia a primeira, a segunda, a terceira e a quarta parte desta série.