Junho chegou e os casais apaixonados já começam a fazer planos e dizer para o mundo que amar vale a pena.
Mas será que sempre foi assim?
A conquista de um amor especial não é tão simples, até porque esse amor não é conseguido com um breve toque mágico de uma varinha de condão. Até mesmo o amor das chamadas “alma gêmea” requer inteligência, paciência, respeito e um constante desapego. Encontrar sua alma gêmea não significa encontrar uma pessoa idêntica, igual e em perfeita harmonia com você, mas sim encontrar alguém capaz de aprender, mudar e transformar-se com o outro.
Esta história de alma gêmeas é bem antiga e talvez conhecendo-a você possa perceber a real dimensão deste termo. A mitologia nos presenteia com a linda história de Eros (amor) e Psiquê (alma), que nos ensina muito sobre o amor das alma gêmeas. Vamos a ela…
Psiquê era uma bela moça que foi entregue pela força de um Oráculo a um monstro; e Afrodite, a Deusa do Amor, decide enviar seu filho Eros para flechar a moça a fim de que ela se apaixonasse pelo monstro. No entanto, quando Eros se aproxima e vê a beleza da moça, se desconcentra, se fere com a própria flecha e acaba apaixonadamente por levar a futura esposa para seu Castelo. Contudo, Psiquê, como uma simples mortal, não podia ver o Deus; só sentir suavemente o vento amoroso de sua presença.
Por muito tempo, ambos viveram noites maravilhosas de amor sem que ela soubesse realmente quem era o esposo, mas apenas vivendo e confiando nos gestos carinhosos que recebia dele. Certa noite, porém, com medo e curiosa por saber quem era verdadeiramente o marido, ela decide acender uma lamparina e se aproxima dele enquanto dormia. Só neste momento ela descobriu a beleza infinita de Eros, porém, por descuido, deixou que uma gota de óleo se derramasse no rosto dele. Eros acordou e fugiu imediatamente, decepcionado com a traição de Psiquê, que havia jurado nunca desconfiar do esposo.
A situação gera uma grande ruptura, Eros magoado a abandona e ela desesperada corre até Afrodite solicitando a volta do esposo. Afrodite oferece a possibilidade de lhe trazer novamente o amor do esposo caso ela cumpra 4 tarefas, o que Psiquê prontamente aceita. No entanto, estas tarefas eram praticamente castigos: impossíveis de serem cumpridas.
Como o amor de Psiquê era tão intenso, ela conseguiu que, tarefa por tarefa, a ajuda das criaturas da natureza, como as formigas, os pássaros e os caniços das águas. E, quando Psiquê estava prestes a perecer na última tarefa, onde teve que descer até o mundo da morte, emocionado pelo arrependimento da esposa, a quem nunca deixara de amar realmente, Eros a resgata.
A pedido do Deus do Amor, Zeus atribui a Psiquê o status de Deusa e então ela desposa Eros no Olimpo para a alegria de todos. Finalmente, a união dos dois é reconhecida como o verdadeiro encontro das alma gêmeas.
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A lenda, apesar de mítica, continua real. Mesmo numa história distante, é possível reconhecer que o amor venceu todos os obstáculos e cresceu através de desencontros, perdas, afastamentos e em meio a sentimentos de tristeza, mágoa e decepção de um sentimento que se quebrou.
Assim como foi para Eros e Psique é para todos nós e para todos os casais que, em meio aos desafios que a vida coloca, não desistem e, da melhor maneira que podem, seguem adiante.
Que este dia dos namorados seja mais uma boa oportunidade de dizer sim, sim, sim para os desafios da vida e sim para o amor das alma gêmeas.