Tenho um avô que sofre de Mal de Alzheimer, uma doença degenerativa que vai destruindo aos poucos a memória e outras funções mentais, como a capacidade de pensar, relacionar fatos, o raciocínio e, em casos mais graves, vai afetando a parte motora.
Toda vez que falo para alguém sobre isso, me parece que um relâmpago vem na sequência, pois é uma doença que, embora seja comum, ainda não existe um tratamento específico que faça com que esses efeitos sejam revertidos.
Qual é a minha ideia em falar sobre isso aqui nesse texto?!
O meu avô, embora não se lembre de mim, e não me reconheça como alguém que faça parte da família dele, me trata com todo o amor e carinho.
Quando chego na casa dele e vou ao seu encontro lhe dar um beijo, os olhos dele brilham, como se ele lá no fundo soubesse, sim, quem eu sou. Ele também age assim com o restante da família.
A mente dele coloca um véu em seus olhos impedindo que ele saiba a real hierarquia familiar, mas o seu coração sabe que fazemos parte um do outro, que tenho o sangue dele correndo em minhas veias, e que as nossas almas se reconhecem.
Então, quando falo sobre a doença de Alzheimer, não coloco esse peso todo que a teoria da doença impõe, porque eu consigo enxergar essa emoção “quentinha” e muito viva dentro dele, vindo me cumprimentar e me dizer o quanto me ama.
Em mente, ele não está lá, segundo a medicina e as comprovações científicas, mas de coração ele é mais presente do que nós com a nossa mente em nossas relações, e isso é o que realmente importa.
Você também pode gostar
Porque o amor cura, o amor vence e o amor reage até às doenças mais degenerativas descritas pelo homem.