Em alguns momentos de nossas vidas, podemos passar por dificuldades e desafios tão profundos que a nossa capacidade de análise e solução de conflitos se torna difícil de ser realizada. Nestes momentos, a busca por uma terapia é de grande valia.
A Terapia de Regressão facilita o resgate do próprio rumo, pressupondo uma mudança de comportamento através da recordação de lembranças dolorosas “escondidas” da mente consciente.
Verificamos que esta ideia já foi utilizada pelos maiores nomes da Psicologia: Freud considerou necessário o paciente regredir até os primeiros anos de vida para localizar a fonte dos problemas atuais. Otto Rank e outros consideraram importantes os acontecimentos do momento do nascimento e dos meses da gestação, que ficaram impressos no inconsciente do indivíduo.
Dando um passo adiante, a Terapia de Regressão deixa esta margem mais flexível, considerando possível voltarem às lembranças mais remotas, até mesmo antes de o indivíduo ter nascido.
As emoções se instalam na alma em forma de energia. Se (de acordo com os princípios da Física) a energia não “acaba”, mas sim muda de forma, podemos supor a possibilidade de a energia permanecer atrelada a cada alma. Estes “resíduos” emocionais acabam sendo impressos nas novas encarnações – até mesmo no código genético da pessoa ou no seu inconsciente. Assim – pelo menos em teoria – esta energia acompanha a existência total do indivíduo, esteja ele ocupando um novo corpo ou não.
Na Física, toda ação resulta em uma reação. Na vida psíquica, toda ação física, mental e emocional que exercemos, positiva ou negativa, produz uma reação física, mental e emocional correspondente (positiva ou negativa).
A noção de “carma” deve ser entendida como programações gravadas nos registros de cada indivíduo. A repetição de experiências similares reforçam emoções a elas associadas; estas emoções repetitivas cristalizam o retorno de comportamentos rígidos, tais como: mecanismos de defesa estereotipados, respostas automáticas e compulsão à repetição, trazendo transtornos no dia a dia.
Durante o dia a dia, normalmente não temos acesso a estas lembranças. Com a Terapia de Regressão, utilizamos diversas técnicas para trazer as programações para a mente consciente. A recordação pode ser parcial (o indivíduo apenas observa alguns episódios de sua tenra infância ou de outras existências) ou total (ocorre a vívida recordação de um ou mais episódios traumáticos, acompanhados de intensa carga de emoção).
Nosso aparelho psíquico muitas vezes nos protege de traumas, pois entende que ainda não temos condições para lidar com isto, e nem estamos maduros para enfrentar nosso lado mais escuro. Então, por que tentar vivenciar antigas experiências dolorosas?
Ora, a Regressão não é um exercício de masoquismo; é uma técnica que dá condições para liberar uma energia “estagnada” que está presa na alma, impedindo o pleno desenvolvimento das potencialidades da pessoa. Se identificarmos que estamos sempre repetindo os mesmos erros, sem saber os motivos de nossas dificuldades, agindo no “piloto automático”, isto é sinal que o motivo real pode estar em camadas mais profundas de nossa psique.
Após a regressão, começa a transformação dos padrões negativos de vida. Esta é a parte mais importante do processo, pois aí sim tem início um processo diário e contínuo de afirmação pessoal, um trabalho muitas vezes demorado e persistente, rumo a um novo modelo de vida.
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Alguns sintomas se resolvem mais rápido e facilmente que outros, de acordo com o tipo de problema apresentado pelo cliente, a frequência das sessões e o empenho da pessoa em realizar mudanças. Como toda terapia, é preciso coragem para mudar. A recompensa é uma vida digna de ser vivida.
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