Durante toda a nossa vida, buscamos incessantemente encontrar algo e/ou alguém que nos preencha, que complete o vazio que sentimos. Lutamos, sofremos, nos decepcionamos. E a cada decepção nos perguntamos onde erramos. Nos culpamos, culpamos o outro e continuamos nossa busca, que parece não ter fim.
A tal felicidade parece muito complicada. Geralmente estamos felizes em um departamento da nossa vida, mas infelizes em outro. Em outras ocasiões, pensamos que havíamos encontrado o caminho certo, mas nos enganamos.
Sentimos que as pessoas não nos compreendem, que são egoístas, só pensam nelas mesmas e, no fim das contas, é impossível ser feliz.
A sociedade nos cobra demais. Temos que ser bons estudantes, bons trabalhadores, bons filhos, bons companheiros, bons amigos, bons pais… temos que ser bons em tudo! E quando fazemos tudo por alguém, por aquele trabalho, por aquela situação, não somos reconhecidos!
Sabe por que tudo isso acontece na nossa vida? Porque somos pessoas metades.
E o que seria uma pessoa metade? A pessoa metade é aquela que apesar de achar que deu tudo de si, não deu nada. E sabe por quê? Porque se doou esperando um retorno, e isso não é amor.
Amor é doar sem esperar que o outro responda às suas idealizações. Amar é proporcionar a felicidade e ser feliz apenas com o ato. Amar de verdade é entender que cada ser humano é único, e cada um pode dar apenas o que tem.
A pessoa metade precisa do externo para ter a paz interior. Precisa de segurança, reconhecimento, aplausos. Precisa que todas as suas vontades sejam atendidas e se frustra e sofre quando não são. A pessoa metade nunca será feliz, pois a sua felicidade não depende dela, e sim do outro.
Tornar-se inteiro é um desafio. É aprender, devagar e sempre, que a felicidade só pode ser encontrada dentro de nós. Que enquanto não formos felizes sozinhos nunca seremos com alguém. Somos os únicos responsáveis pelo que acontece nas nossas vidas, tanto as coisas boas, quanto as ruins. Tudo que temos foi e será sempre atraído pelo que transmitimos e pelo nosso agir, principalmente nas situações que nos desagradam.
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Tornar-se inteiro é aceitar o Deus que existe em nós. É não deixar o que vem de fora nos desarmonizar. É se conhecer, aceitar suas imperfeições e trabalhar para melhorá-las. É respeitar o outro, compreender que todos têm limitações e, principalmente, é aprender o verdadeiro sentido da palavra amor.
E você? É uma pessoa metade?
Uma excelente semana de reflexão para todos nós!