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Coaching: a transição de carreira na aposentadoria

No artigo anterior escrevi sobre a atividade de coaching de um modo geral, um pouco superficial, mas a ideia era informar o público a respeito da prática, que tem crescido muito nos últimos anos.

Agora quero falar um pouco sobre a fase da vida profissional em que temos que tomar uma decisão sobre o que vamos fazer depois da aposentadoria. A procura por coaching ou aconselhamento para pessoas que atingiram a “idade da aposentadoria” e precisam se recolocar na vida tem aumentado significantemente.

Na verdade, precisamos rever os conceitos de Terceira Idade e aposentadoria, tendo em vista o avanço da longevidade que as pessoas estão vivenciando nos dias de hoje. Se compararmos à época dos nossos avós, a impressão que se tem é que ganhamos, pelo menos, 20 a 30 anos de vida quando se fala em velhice ou idade para se aposentar.

Antigamente, aquele que chegava aos 50 ou 55 anos de idade estava pronto para encerrar sua vida profissional e entrar para o time de jogadores de dominó e baralho da praça mais próxima da sua casa. Hoje ninguém pensa em parar aos 80 ou 85 anos de idade, a não ser por motivos de doença.

O rótulo de “Aposentado” trazia consigo um sinônimo de velhice, inutilidade, peso para a família e doenças, mitos que, atualmente, não passam nem perto dos “velhinhos e velhinhas turbinados que andam por aí”.

Em um outro artigo tive a oportunidade de mencionar que este assunto não é novo, e já foi tratado por Marco Túlio Cícero, filósofo, orador e político romano, cerca de meio século a.C. (isto mesmo, antes de Cristo), em seu livro Saber Envelhecer que trata da relação do ser humano com a velhice.

Naquela época ele já desmistificava o que ele considerava as quatro principais razões que levavam as pessoas a odiar a chegada da velhice, que são : (1) Ela nos afasta da vida ativa, (2) Ela enfraquece o nosso corpo, (3) Ela nos priva dos melhores prazeres e (4) Ela nos aproxima da morte. Quem se interessar em saber as respostas é só buscar o livro em questão.

Na época de meus pais e avós, o bom profissional era aquele que entrava em uma empresa logo ao se formar e ficava até a aposentadoria, cultura essa que se encontra totalmente desatualizada. Os ciclos de vida pessoal e profissional de hoje nos levam a pensar em múltiplas carreiras profissionais e uma enorme diversidade de atividades ligadas à qualidade de vida de cada um de nós.

As oportunidades são inúmeras, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, no trabalho ou no lazer, especialmente com o número crescente de instituições que atuam no Terceiro Setor e buscam pessoas experientes para ajudar a profissionalizar sua administração.

Como seres humanos falíveis, não podemos escapar de nos tornarmos idosos algum dia, mas podemos afastar a velhice mantendo nossa mente, nosso corpo e nosso espírito ativos até o final da nossa existência terrena.

O avanço científico e tecnológico experimentado nas últimas décadas, com exemplos nas áreas de higiene e segurança, dos transportes, da nutrição, da medicina, dos medicamentos e cosméticos, dos hospitais e equipamentos de diagnósticos e cirúrgicos de última geração tem melhorado nossa qualidade de vida de tal modo que nos vemos vivendo cada vez mais e melhor.

A era digital, através de seus avanços quânticos, nos propiciam estarmos antenados e conectados em tudo que acontece no mundo em uma fração de segundos. As redes sociais, as comunicações por vídeo ou texto nos colocam frente a frente com um amigo ou parente em qualquer parte do mundo em tempo real.

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A informação está à nossa disposição em forma de livros físicos ou digitais e também pela internet, como nunca estiveram antes. Transformar a informação em conhecimento depende do nosso interesse em nos aprofundarmos nas informações obtidas, e o conhecimento se torna sabedoria quando o colocamos em prática para o bem nosso e das pessoas que nos rodeiam.

Ou seja, o corpo envelhece sem a nossa permissão, mas nossa mente e nossa alma só envelhecem se nós permitirmos!

Sobre o autor

José Helio Contador Filho

Engenheiro Politécnico/USP com especializações nacionais e internacionais, pós-graduado em Musicoterapia Organizacional e Hospitalar. Formado como Conselheiro de Administração pelo IBGC/SP, Coach internacional pelo ICI/SP e Technician em Neurobusiness pelo Instituto Brasileiro de Neurobusiness.

35 anos de experiência (nacional e internacional) como executivo na Siemens Brasil/Alemanha, Ford Brasil, Presidente para a América do Sul da Visteon Sistemas Automotivos e CEO do GRAACC Hospital de Câncer Infantil, incluindo vivência como conselheiro de diversas instituições nacionais.

Atual Sócio-diretor da HCont Consultoria, Coaching e Neurotreinamentos de Alta Performance. Palestrante, autor de livros e artigos, além de presidente voluntário das instituições filantrópicas Instituto Cândido de Desenvolvimento Social e O Semeador Instituto de Desenvolvimento Humanitário e Assistência Social.

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Site: www.hcont.com.br