O talher mais antigo é a faca. O primeiro objeto cortante surgiu há mais de 1 milhão de anos. A peça era de pedra e servia para defesa e caça. O objeto começou a ser feito de metal por volta de 3000 a.C. A faca era usada na caça e também à mesa. A colher teria surgido há mais de 20 mil anos e era feita com madeira, marfim e pedra. O sociólogo Gabriel Bollaffi, da Universidade de São Paulo (USP), afirma que o utensílio era usado para colocar caldo nos pães quando o alimento apareceu, há quase 15 mil anos.
No século XI, boa educação era utilizar três dedos para comer. Por serem presentes divinos, os alimentos tinham que ser consumidos com as mãos. Domenico Salvo, que pertencia à corte de Veneza (Itália), presenteou a esposa, a princesa Teodora de Bizâncio (cidade grega), com um objeto pontudo de dois dentes para espetar os alimentos. Num primeiro momento, o presente foi mal visto, mas, aos poucos, os nobres e o clero gostaram do garfo. O restante da população só incorporou o talher no século XIX.
Talheres orientais
O hashi, conhecido como “palitinho”, é usado desde o século IV. O talher era dobrado e ficava parecido com o bico de uma ave. O utensílio mede de 21 e 36 centímetros e geralmente é de madeira, contudo, materiais como bambu e marfim também são empregados na confecção desse talher, cuja tradução para o português significa “ponte”.
Talheres comestíveis
Eles já são uma deliciosa realidade. O criador dessa maravilha é o indiano Narayana Peesapaty. Os talheres comestíveis são feitos com trigo, arroz e millet (um cereal indiano). Estão disponíveis no mercado 8 sabores: canela com gengibre, cenoura com beterraba, salsão ou gengibre com alho, entre outros. A ótima ideia é uma boa para quem faz dieta.
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O meio ambiente também agradece, visto que os talheres descartáveis levam quase 500 anos para se decomporem, enquanto a versão comestível demora apenas 10 dias. A iniciativa de Narayana foi tão bem aceita que ele conquistou recursos por um financiamento coletivo. O indiano vai montar sua empresa, aumentar a produção e fazer também hashis comestíveis.
Bem que essa ideia poderia chegar por aqui, né? Conte para a gente o que achou e quais seriam suas sugestões de sabores.
- Texto escrito por Sumaia de Santana Salgado da Equipe Eu Sem Fronteiras.