Chegam as férias, tempo tão bom e esperado por nossos pequenos heróis do futuro. Percebo que, ao longo dos anos, os pais vêm tratando cada vez mais seus filhos como o centro da atenção e, assim, deixando-os codependentes de suas emoções.
Mas, afinal, Samuel, é tão ruim meu filho depender de mim?
Sim. Preste atenção!
Nossos filhos dependeram nove meses dentro da barriga da mamãe e mais alguns poucos anos após sair dela. Quando já conseguirem comer sozinhos, é um indicativo para as mamães começarem o processo de desapego e passarem o trabalho para os papais!
Sabe por quê?
A função materna é responsável pelo amparo, amor e alimento. A função paterna é responsável por ensinar o filho a olhar para a vida (isso será tema de outra matéria).
É simples. As crianças que dependem dos pais temem ficar sozinhas, são dependentes emocionais, desenvolvem falta de autonomia/ segurança própria, medos, pouca tolerância a frustrações e baixa autoestima.
Os pais nunca vão conseguir dar tudo para os filhos, eles precisam aprender a conquistar, na vida, o que eles precisam e o que eles querem. Se eu, pai, der tudo a meus filhos, estou dando a seguinte mensagem subliminar: “Eu sou capaz de dar tudo que você precisa, mas você é fraco e não vai conquistar nunca o que quer”.
Isso é cortar a motivação e a capacidade de ir à vida. O amor é SEMPRE liberdade; se você ama seus filhos, você se liberta.
Nenhum está preso ao outro, cumprimos uma função, deixando bem claro o caminho para seguir em frente.
Você ama seu filho? Mostre o caminho da vida, não ande por ele.
Um bom e saudável desenvolvimento infantil acontece quando a criança tem o seu próprio espaço, seus próprios brinquedos, sua própria cama e com isso, suas responsabilidades e seus deveres.
Você também pode gostar
Afinal, qual é a grande missão do terapeuta/psicólogo/psicoterapeuta?
A mesma dos pais!
Qual, Samuel?
Ensinar seus filhos a andar com suas próprias pernas. Eu, pai, passo a meus filhos o essencial, os princípios básicos, a partir daí eles seguem em frente para a vida.