Podemos definir polinização como sendo o processo responsável pelo transporte de pólen, de flor em flor. E é justamente a polinização que faz com que as flores sejam fecundadas, iniciando assim o desenvolvimento de sementes e de frutos. Ela pode ser feita pelo vento, pela água, ou por animais, como beija-flores, borboletas e abelhas, sendo este último considerado o mais famoso e eficiente. As abelhas voam em ziguezague, e depois de instalarem suas colônias em determinado local, conseguem estabelecer o melhor horário para a coleta do pólen.
Se você gosta de maracujá, melancia e abobrinha, adora o trabalho que as abelhas fazem. Esses alimentos seriam totalmente diferentes, ou sequer existiriam, sem o processo de polinização dos insetos. Por exemplo, as berinjelas teriam um tamanho menor do que de uma maçã.
Apesar desses insetos serem relativamente pequenos quando falamos de tamanho, possuem uma gigante importância para a vida no nosso planeta. Além disso, a vegetação também seria reduzida de maneira drástica, porque a vida selvagem sofreria sem a ação dos animais herbívoros e assim, toda a vida na Terra sofreria certo impacto.
Mais de 70% das plantações agrícolas e mais de 80% das florestas e matas dependem da ação dos polinizadores, segundo a FAO, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
Pelo menos nos últimos 15 anos, cerca de 50% das abelhas simplesmente sumiram da Terra. Certamente, os grandes responsáveis sãos os produtos agrotóxicos e causas naturais. E não são só elas que estão desaparecendo do nosso planeta. Estão em declínio diversas outras espécies consideradas importantes para a polinização agrícola, o que representa potenciais riscos para diversas culturas presentes no mundo todo.
Segundo a IPBES, Plataforma de Ciência Política Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços dos Ecossistemas, a quantidade de borboletas e de abelhas do tipo selvagens diminuíram drasticamente nos últimos anos, principalmente na América do Norte e na parte noroeste da Europa. Entre as possíveis causas para este fenômeno, podemos citar a poluição, a falta de habitat, alterações no clima, espécies que invadiram o ecossistema, uso de pesticidas e patógenos.
Ainda segundo a IPBES, os agentes polinizadores são responsáveis por cerca de 5% a 8% de toda a produção agrícola do mundo. O declínio desses agentes torna-se um grande desafio quando o assunto é alimentar toda a população crescente das próximas décadas.
Segundo o estudo, cerca de 10% das borboletas e abelhas estão ameaçadas de extinção. Alguns dos alimentos mais básicos e importantes do planeta, como trigo, arroz e diversos grãos, não dependem desses agentes polinizadores, mas poderíamos incluir o declínio de mangas, maçãs e chocolate no mercado.
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Para combater o problema, deve haver uma proteção maior sobre os ecossistemas e ambientes naturais, fazendo com que, dessa maneira, a agricultura intensiva seja limitada. Além disso, é importante encontrar efetivas alternativas para o uso de pesticidas e dar uma atenção maior para o controle de agentes patógenos das espécies, e ainda uma gestão ou regulação dos animais polinizadores.