Sabe aquela expectativa de participar de alguma rede social e ter seus posts ou mensagens curtidas e ficar frustrado se isso não acontece, por mais que sua rede de contatos seja extensa.
As pessoas escrevem algo e se seus pares não curtem, elas ficam chateadas, tristes e até mesmo depressivas. Porque será que isto acontece, será que estou fazendo algo de errado ou postando fotos ou textos que não são apreciados ou não interessam a maioria.
Esse e outros aspectos tendem a descrever um quadro que exerce uma falsa mensuração da necessidade urgente de ser apreciado e aprovado pelos meus seguidores, o que se torna um inferno na vida das pessoas.
Antigamente grande parte de nossos temores e rejeições aconteciam em situações sociais como aniversários, festas em geral como Natal e Ano Novo. Agora as pessoas necessitam de aprovação quase que diariamente ou instantaneamente, senão se sentem tremendamente decepcionadas e frustradas com tamanha falta de consideração das pessoas que se denominam “Amigos”.
Acredito que hoje em dia devido à comunicação pela Internet ocorreu uma grande ruptura na sociedade, categorizando os indivíduos por seus interesses.
Existe uma necessidade imperiosa de “Pertencer” a grupos ou comunidades afins e que sejam aprovados pelas mesmas.
Pois já neste aspecto ocorre uma grande ansiedade de ser “Aceito” por estes agrupamentos de pessoas, um exemplo clássico é ser torcedor de uma equipe de futebol, mas nem todos pertencem à turma de formandos da USP de Medicina de 1985, pois para isso você deveria ter estudado nesta Universidade no curso e no ano.
Assim acaba-se se defendendo e criando seus próprios códigos, como principais aspectos: socioculturais, econômicos dentre tantas outras maneiras de se destacar dos demais, pela maneira como vivem e se expressam na sociedade.
Quando as pessoas se veem fora desses círculos de convívio se sentem desgostosas e é muito doloroso para muitos por não saberem viver fora desses agrupamentos humanos “interneticamente” conectados.
Você também pode gostar
As redes sociais como Facebook, Twitter, Snapchat, Whatsapp reforçam essa angústia, principalmente nos países mais desenvolvidos que optaram pelo individualismo em detrimento de uma sociedade mais solidária e acolhedora.
Por isso hoje vemos tanta solidão, tanta carência afetiva pois estamos substituindo nossos afetos por aparelhos eletrônicos que estão cada vez mais nos “emburecendo”, em vez de criar vínculos importantes na vida das pessoas.