Convivendo

Qual o melhor conselho para as pessoas que estão desempregadas e em meio à crise?

a woman with unpaid bills has many debts. unemployment and personal bankruptcy
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Os números crescem a cada mês. Em julho de 2016, foram contabilizados 11,4 milhões de desempregados. O desemprego está aí. Empresas fechando, funcionários sendo demitidos. Um círculo que acaba afetando a todos. Se uma área não vai bem, as outras também são afetadas. Claro que, em meio a isso, há setores em crescimento, mas os brasileiros desempregados querem apenas trabalhar.

E o que fazer quando as entrevistas não ocorrem, as contas aumentam e uma chance de assinar a carteira de trabalho parece cada vez mais distante? Uma pesquisa de 2005 concluiu que os trabalhadores desempregados engajados ativamente na procura de um trabalho são mais propensos a ter pior saúde mental. Quem está desempregado acaba tendo ansiedade, estresse e dores no corpo, o que pode afetar por um bom tempo a capacidade mental do indivíduo.

Qual a saída?

Ilustração de um trabalhador sendo jogado no buraco do desemprego.

Não existe uma mágica. O emprego ocupa uma função primordial em nossa vida. Com ele, nos sentimos ativos e importantes para a sociedade. No momento em que perdemos o emprego, sentimo-nos fracassados. Nesta hora, não vale a pena se desesperar.

Ainda em momentos de crise, como o que estamos vivendo agora, a culpa não é sua e sim de todo um movimento global que está acontecendo. Acredite, outros países, como na Europa, também não estão passando por uma boa fase. Mas é neste período que é preciso encontrar saídas. Em primeiro lugar, assuma que isso é temporário. Se você está ganhando o seguro desemprego, aproveite para se profissionalizar e pensar em alternativas.

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Alternativas possíveis

Ilustração de homem escolhendo opções em um holograma.

Assuma a sua tristeza neste momento em que perdeu o emprego. Não é fácil, mas não precisamos nos achar os heróis. Reflita sobre como poderia ter agido, o que poderia ter feito de melhor, mas não se culpe por isso, porque você só vai se sentir pior.

Empreenda: em meio à crise, cresce o número de brasileiros empreendendo. Talvez esteja aqui uma oportunidade de montar o seu negócio. Com a saída, talvez seja possível concretizar o início de um empreendimento. Isso não é uma regra, mas uma chance. Aproveite o momento para estudar e pesquisar. E o mais importante: enquanto estiver desempregado, corte custos. Isso o deixará menos ansioso.

Capacite-se: não fique parado esperando um emprego bater na sua porta. Há muitos cursos gratuitos na internet para vocês fazer. Até mesmo pesquise aí na sua cidade se há oferta de cursos que possam acrescentar no seu currículo.

Ilustração de um homem desempregado sentado e triste.

Pense em novos modelos de negócios: esqueça que somente as grandes empresas vão salvar o mundo e garantir o emprego. Estamos vendo agora que a globalização não salvou nada, apenas mascarou muita coisa. Já ouviu falar de indústria criativa? Economia colaborativa? Economia solidária? Pesquise sobre. São movimentos mais propensos e com os pés no chão para andar com as mudanças que este século está nos trazendo.

Seja flexível: não conseguiu pensar em nada e até mesmo as capacitações ainda não ajudaram? Calma, seja flexível. Se a sua área não está boa, vá para outra área. Eu sei que é difícil escutar isso e muito dolorido, mas talvez seja por um bom tempo. Não tenha vergonha de trabalhar em outra área, pois a experiência pode ser incrível!

E, mais, permita-se abrir para o novo. O mundo está mudando, o sistema, a sociedade. Não se agarre a velhos clichês que davam certo há 20 anos. Se abra para o novo e não tenha vergonha de experimentar e ter novas experiências. As empresas estão valorizando profissionais assim. Boa sorte!


  • Escrito por Angélica Weise da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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