Não há nada mais frustrante para quem inicia um planejamento do que encontrar, ao longo do caminho, empecilhos, obstáculos ou até mesmo situações improváveis. Aquela energia, entusiasmo e credibilidade se esvai e muita das vezes corre-se o risco de até mesmo abandonar um importante projeto.
A incerteza do futuro é uma variável a ser ponderada. Não há garantias quando se trata do amanhã. O planejamento existe exatamente para tentarmos minimizar possíveis desvios que possam prejudicar um projeto idealizado. Mas nem sempre isso é possível. E o que fazer quando uma dificuldade aparece?
Obstáculos podem se apresentar de maneiras diversas: um problema pessoal, a perda do emprego, uma doença, a morte de um ente querido, a crise do país, etc. Para nos fortalecermos diante de um cenário como esse, o que devemos ter em mente? Por mais contraditório que seja, devemos viver sempre o agora. Não temos controle em relação ao futuro. Podemos e devemos nos preparar sempre, mas controlá-lo, jamais. E é essa ilusão do controle que nos domina. Acreditamos que, de alguma maneira, podemos interferir na dinâmica da vida.
Particularmente aprecio bastante a filosofia de vida Japonesa. Há um provérbio japonês que sintetiza a ideia do aprendizado que está por trás de um possível fracasso: “Caia sete vezes, levante-se oito”. O insucesso ou falhas que cometemos não devem em hipótese alguma interferir em nosso processo de crescimento e muito menos fazer com que desistamos de algo. Parece contraditório, mas muitas vezes precisamos desta mudança de rota a fim de alterarmos nosso ponto de vista. E lá adiante, essa mudança representará de alguma maneira a decisão mais acertada que poderíamos ter tido.
Grandes conquistas não são obtidas facilmente, de um dia para o outro. Ao longo do caminho somos testados, encontraremos pessoas que nos criticam, que duvidam de nossa capacidade, que nos invejam até. A construção de um projeto de vida não é tarefa simples e muitas pessoas desistem, infelizmente. E pior que isso, se arrependem tardiamente.
Os desafios compõem qualquer empreitada, são ingredientes quase intrínsecos à sua construção. Acreditar que boas ideias e mecanismos de controle criarão blindagens intransponíveis é quase que uma fantasia. Não somos os únicos atores desse projeto. Pessoas diferentes, com experiências variadas irão se relacionar conosco. E os resultados advindos desta interação são desconhecidos. Nesse momento, precisaremos exercitar a flexibilidade.
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E se diante de tudo isso resolvermos desistir? Deixar a vida no “piloto automático” é uma escolha. Certamente, há benefícios e razões para tal. Entretanto, paga-se um preço alto pela falsa segurança que a acompanha. O sentimento de fracasso diante de uma ideia abandonada e a frustração com a tentativa nem sequer iniciada são apenas algumas consequências experimentadas por aqueles que desistem.
O efeito futuro é nocivo e cumulativo… Cria-se uma crença limitante que toda conquista árdua deve ser abandonada e que a persistência não nos leva ao sucesso. Na verdade, independente do resultado, o norteador da ação deve ser: quais os objetivos da minha vida neste momento e quais são as ações necessárias para que se tornem reais? A partir desta reflexão, naturalmente introjetamos em nosso comportamento a coragem necessária para agir, a perseverança intrínseca ao projeto, sem esquecer jamais que o mais importante de tudo é viver o agora.