Uma das maiores premissas do esporte é que nem sempre o melhor vence. Muitas vezes, o melhor comete algum erro crucial ou há um episódio incrível de superação do adversário, fazendo assim com que a medalha seja perdida de maneira inesperada. O problema é quando esse grande atleta realiza desempenhos surpreendentes ao longo da preparação, mas que não se repetem na disputa oficial. A grande verdade é que o preparo de um vencedor precisa unir o corpo e a mente. No caso do intelecto, nada melhor do que contar com o apoio de um psicólogo.
Os sentimentos acabam tendo papel fundamental na hora da competição. Alguns conseguem tirar vantagem desse momento, enquanto outros são prejudicados. Perder a concentração, nervosismo, ansiedade e medo do fracasso costumam ser os principais responsáveis em prejudicar um atleta na competição. O excesso de confiança que atrapalha alguns acaba inibindo a ansiedade de outros e ajudando na concentração. Quando falamos do velocista jamaicano Usain Bolt, por exemplo, observamos a sua mescla de tranquilidade com bom humor instantes antes de bater o recorde mundial nos 100 metros livres. Essa é uma grande maneira de observarmos a leveza de um campeão.
Mas o que fazer para não ser atrapalhado pela mente no momento decisivo?
O ideal é que seja feito um trabalho junto com psicólogos em longo prazo, identificando assim os problemas e atuando para que sejam superados. Em suma, a melhor coisa a se fazer no momento decisivo é tirar o peso das costas, ainda mais tratando-se de um atleta brasileiro nas Olimpíadas, em que cada medalha é contabilizada com carinho, mas muitos pensam que é uma responsabilidade obrigatória sair com o ouro. A falta de investimentos e o abandono que sofrem durante os quatro anos de preparação só faz com que sejam vencedores somente pelo fato de estarem na disputa.
Engana-se quem pensa que somente o corpo e os treinamentos físicos são importantes para os campeões. É como diz um velho ditado: treino é treino, jogo é jogo. Na hora da disputa, a chance para ser campeão é única. Então, a preparação que garante o melhor desempenho na hora decisiva é ligada diretamente ao preparo psicológico.
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O psicólogo numa delegação campeã tem papel tão importante quanto o treinador, materiais esportivos, médicos, etc. Dependendo como for trabalhada, a mente pode ser uma grande aliada ou inimiga do atleta.
- Escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras.