Comemora-se, no próximo dia 27 de agosto, o Dia do Psicólogo. Aqui no Brasil, essa é a data em que a profissão foi regulamentada no ano de 1964, através da Lei 4.119/64.
O psicólogo enfrenta constantes desafios em sua profissão, levando-o a refletir e procurar respostas, o que acarreta um processo contínuo de mudança e desenvolvimento pessoal; isso o torna — teoricamente — mais capacitado a se ajustar numa sociedade em acelerada mudança. Assim, ele também compreende melhor as dificuldades e os desafios com que se deparam em seu ambiente de trabalho.
Seu trabalho consiste em oferecer uma relação psicoterapêutica de ajuda aos seus pacientes, possibilitando a estes aprimorarem a percepção e a compreensão de si mesmos e dos fatos da vida. Com isso, o paciente terá à sua disposição uma quantidade maior de dados para a tomada de decisões. E, dessa maneira, manifestará sua força interior que o impele à maturidade, à independência e a autorrealização.
As bases da atuação do psicólogo são:
- uma visão abrangente dos processos característicos da vida humana;
- o respeito profundo pela humanidade como um todo e por cada um de seus pacientes;
- um conjunto de técnicas que permitem, no trabalho conjunto com o paciente, auxiliá-lo na compreensão de si mesmo e na definição de seus próprios caminhos.
O objetivo da psicoterapia é o estudo do ser humano e seu modo de existir no mundo, sob o foco da relação de ajuda entre terapeuta e paciente. É um vínculo de mútuo respeito e confiança. Rompendo bloqueios, alterando hábitos e propondo a substituição de formas de entendimento do mundo por outras, mais adequadas à realidade de cada paciente, o terapeuta torna a relação de ajuda mais produtiva, atingindo a solução dos problemas vivenciados pelo paciente e que deram origem às queixas iniciais.
O psicólogo não decide por ninguém! Seu papel é o de transmitir informações, salientar características, mostrar alternativas, indicar ferramentas de trabalho, assinalar comportamentos, analisar situações à luz da realidade de cada um e acompanhar, passo a passo, quando necessário, o próprio trabalho de decisão.
O estudo da mente e do comportamento dos indivíduos foi objeto de atenção por diversos teóricos. As descobertas advindas desses estudos e suas aplicações práticas originaram diferentes abordagens e métodos de trabalho. Assim, o paciente deve e pode procurar um profissional com o qual se sinta mais identificado. É sempre bom entrar em contato com vários profissionais antes de decidir-se pela alternativa mais adequada.
Na relação psicoterapêutica de ajuda, o paciente terá que enfrentar suas resistências interiores à mudança, seus medos e fantasias, seus momentos de desânimo e descrença. A terapia é a oportunidade de tomar consciência do papel que o indivíduo pode desempenhar na sua própria vida, definindo seu próprio rumo e aceitando sua responsabilidade nesse processo. A coragem, a perseverança e a força de vontade são as qualidades dos pacientes que derrubam os obstáculos, possibilitando uma vida plena e mais feliz.
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Referências
“Por que fazer terapia?” — Luiz Carlos T. de Freitas — Editora Ágora, São Paulo