Os produtos transgênicos têm causado uma grande polêmica perante a sociedade. Alguns defendem a produção e afirmam ser uma ótima saída para combater a fome por meio de alimentos mais resistentes e nutritivos, além de ser uma maneira de tornar as plantas e os animais mais resistentes a pragas, doenças e agrotóxicos.
Já os críticos alegam que estes produtos podem trazer graves consequências à saúde humana e grandes impactos ao meio ambiente, já que não são naturais. O fato é que eles existem e são comercializados em grande escala. Mas seria ou não um direito do consumidor saber que o produto é transgênico?
Os transgênicos são produtos que, por meio de técnicas utilizadas pela engenharia genética, em laboratórios, sofrem mudanças no seu conjunto de genes, o que pode envolver um ou mais genes transferidos artificialmente de outra espécie.
Porém, há grande polêmica diante deste assunto, pois algumas pessoas, em especial os ambientalistas, acreditam que estes produtos podem trazer graves riscos à saúde humana e causar grande impacto ao meio ambiente. Estes lutam para que organismos com o código genético modificado sejam proibidos ou na pior das hipóteses identificados em sua embalagem.
Eles chegaram ao Brasil, em 1997, de maneira clandestina. Ainda assim, o Greenpeace insistia para que houvesse uma maneira de identificar o produto para que o consumidor pudesse optar por consumi-lo ou não. Mas o decreto de rotulagem foi publicado apenas em 2003 (4680/2003), obrigando as empresas a identificarem com a letra “T”, na cor preta, os alimentos e produtos que continham mais de 1% de matéria-prima transgênica.
A partir de então, a briga tem sido constante. As empresas que comercializam transgênicos alegam que o rótulo assusta o consumidor, já que a maioria das pessoas não sabe o que são e para que servem estes produtos, além de afirmar que o “T”, na cor preta pode ser facilmente confundido com perigo, radiação, inflamável e proibição. Por essas e outras eles acreditam que a identificação pode desestimular o consumo.
Ainda que com a resistência de algumas empresas, o Greenpeace não deixou essa briga quieta e, em 2005, fez uma denuncia contra as empresas Bunge e Cargill, por comercializarem produtos sem a identificação de transgênicos. E foi em 2008 que o Ministério Publico Federal determinou que as empresas rotulassem definitivamente seus produtos. Acontece que, até hoje, surgem periodicamente projetos e possíveis leis que visam acabar com a rotulagem.
Você também pode gostar
É importante ressaltar que o consumidor tem o direito de saber o que está consumindo, sendo um dever das empresas informarem o que estão comercializando.
- Texto escrito por Natalia Nocelli da Equipe Eu Sem Fronteiras.