Existem momentos em que é necessário reorganizar as ideias. Fazer um balanço do passado e observar o presente como uma prévia do futuro. E, se durante essa avaliação, percebermos que a rota que estamos seguindo não tem nada a ver com o que sonhamos, é preciso parar, ajustar o foco e reavaliar caminhos.
Parar e ouvir o silêncio.
Às vezes, faz bem apertar o botão do mute para o barulho do dia a dia e as vozes que nos confundem ou dizem que não vai dar certo, sejam elas externas ou da nossa própria mente.
Sim, o silêncio é necessário! E, na confusão da vida moderna, parece não haver espaço para ele. Buzinas, motores, rádios, celulares, televisão, dificilmente estamos em paz. Aumentamos o volume da vida para ocupar a mente, tentando afastar a solidão.
Mas, é na ausência de sons e interferências que se ouve o coração.
Entramos em contato com os sonhos e desejos mais verdadeiros. É aí que algo mágico acontece: tomamos consciência da nossa essência, daquilo que nos faz felizes. O que nos motiva a acordar todos os dias.
Agir em consonância com isso é viver plenamente. As portas se abrem e oportunidades surgem quando se está em sintonia com a própria “verdade”, com o que somos realmente.
Tudo isso pode parecer óbvio, mas é surpreendente como a maioria das pessoas não aproveitam os seus dons. Foca seu tempo e energia correndo atrás do que não gosta ou não tem vocação, na ilusão de ganhar dinheiro ou se realizar.
Segue modelos estabelecidos como se a vida fosse uma fórmula, acreditando que o que deu certo para uma pessoa funcionará para todas as outras.
Quem nunca ouviu na época do vestibular que esta ou aquela profissão “é que dá dinheiro”?
Surge então aquele exército de insatisfeitos, que vivem mais ou menos, trabalham mais ou menos, porque se adequaram a moldes de sucesso nos quais não se encaixam.
E quem se encontrou fazendo aquilo que gosta? Naturalmente se destaca e vira exceção. Se torna uma meta inatingível, pois, mais uma vez, tentamos copiar o que não somos.
Mas vamos voltar ao silêncio e ao coração. Se prestarmos bastante atenção, veremos que o caminho que trilhamos até agora, mesmo que confuso, em alguns momentos reflete as nossas preferências e aptidões. Identificar essas escolhas autênticas é um importante passo.
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Concentração é a palavra chave para encontrar lógica entre o que fizemos até agora e a nossa essência. A partir daí, fica mais fácil encontrar sentido para a vida, unir os pontos em comum com o que acreditamos de verdade e traçar uma linha.
Daí em diante, é só se aventurar nessa nova trilha e seguir em frente!
E você, já descobriu o seu caminho? O que você gosta de fazer? O que atrai sua atenção? O que te dá prazer?