Quando falamos de ética, no senso comum podemos entendê-la como o conjunto de valores e costumes que as pessoas adotam para se bem relacionar com os outros. O que podemos observar em encarar a ética dessa forma é como ela é influenciada pela região.
Aqui no Brasil, com uma cultura cristã enraizada, seja católica ou protestante, vemos a ética se ligar a conceitos de bem e mal, certo e errado, céu e inferno, recompensa ou castigo.
Cada um tem a liberdade para ter as suas crenças, mas temos que tomar cuidado para que elas não influenciem de forma muito restritiva quando falamos de ética.
Para exemplificar melhor, tente lembrar quantas vezes você não deixou de fazer algo por causa de uma possível punição? Esse é um dos problemas de levar a ética como uma dualidade. Você pode acabar sendo influenciado pelo medo ou agindo de forma a fazer algo somente porque espera ter uma recompensa em troca.
Outro problema ao agir da forma citada acima é no quanto você está sendo verdadeiro consigo mesmo. Você sente no seu coração que está fazendo o que é melhor para você ou está sendo podado por conceitos éticos questionáveis? É nessa parte que podemos falar um pouco da ética na Yoga.
Em algumas vertentes da Yoga, o que é incentivado em relação à ética é a reflexão. Em vez de se limitar por uma crença de certo e errado, você deve refletir sobre os seus atos.
O pensamento para de focar no mundo externo, no outro, e começa a focar em si mesmo. O que é melhor para você? Quais são os seus valores (e não os da sociedade)?
Quando você começa a encarar a ética como algo que vem de dentro, uma consequência de agir de acordo com as suas verdades, ela se torna uma ferramenta de autoconhecimento e não uma limitação que busca a recompensa ou a fuga do castigo.
Outro fator importante para a ética sob o ponto de vista da Yoga é a felicidade. O que te faz feliz? Agir de certo modo vai te fazer feliz? Dessa forma, se não te faria feliz, por que você faria isso para os outros?
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São pontos de partida para que a reflexão e o autoconhecimento façam você encontrar uma ética verdadeira e que não entre em conflito com o que você sente ser verdade para você. Dessa forma, da próxima vez que se deparar com um dilema que envolva a ética, pare e reflita.
Escrito por Ricardo Sturk da Equipe Eu Sem Fronteiras