“Eu sou!”
Esta afirmação parte sempre de uma comparação, pois eu não sou nada sozinho. O ser humano se faz em sociedade. Isto é mais do que óbvio quando sabemos que bebês humanos precisam do cuidado e proteção de adultos, pais e comunidade para a sua sobrevivência. Este ambiente onde aprendemos a comer, falar, andar e saber quem somos, quando adultos, estará enraizado em nossa personalidade.
Muitas comunidades suportam e aceitam seus filhos com todas as suas potencialidades, limites e sabedoria. Assim, crescemos confiando em nós mesmos e no mundo. Esta seria o ideal, o respeito pela liberdade do outro e isso passa pelo respeito e manifestação da minha liberdade, das minhas potencialidades, capacidades e limites.
Porém, na maioria das vezes, não é bem isto o que acontece… A comunidade, a família e a cultura estão sempre deixando um rastro de insegurança e punição através de gerações a fio, incontáveis. Mesmo sabendo que temos sempre uma grande mãe que nos guia e confia na gente, também existem inúmeras vozes que nos tiram nossas potencialidades e paixões, pois não estamos pensando ou agindo de acordo com o que alguém disse que seria aceitável para manter a ordem das coisas como estão.
Qual a ordem? Posso citar algumas aqui, mas estou só colocando as primeiras que vêm à mente e não todas, sinta-se livre para contribuir! Pois uma delas é a submissão da mulher ao homem, algo naturalizado, como se a mulher fosse sempre vista como inferior e menos capaz, muitas mulheres adquirem, porque aprenderam esta crença e vivem assim, minando as suas forças, morrendo aos poucos e passando isso adiante. Algumas se submeteram por medo. Medo da punição e de serem expulsas da comunidade.
Então, esse senso de comunidade é muito importante, pois buscando “pertencer” deixamos de “ser”.
Apenas existimos, cumprindo padrões socialmente impostos e aceitos, sem questionamento. Por exemplo, a ideia de que a vida é apenas sofrimento… Quem disse isso? E, por que? Afinal, deve haver uma boa explicação para isso. Quando queremos pertencer, acabamos não fazendo questionamentos! Essa ideia é aceita como verdade absoluta e temos que corresponder a ela, tornando-a então um fato, porque se acreditamos nisso, sofreremos.
Passamos muito tempo reafirmando as nossas crenças. Provando para nós que elas são reais e elas se tornam reais.
Mas, existe uma forma de acabar com essa sensação de ter que ser outra pessoa, de ter que interpretar um papel e de ter medo do julgamento do outro, quando sair em busca do grupo ao qual pertence e encontrar pessoas que reconheçam o seu total potencial como SER. Assim como na história do Patinho Feio, uma hora ele descobre que não era feio e que só estava com um grupo diferente, tentando se encaixar onde não poderia.
Se você se sente ou já se sentiu assim, como o patinho feio, então está na hora de olhar para dentro e buscar em ti essa confiança perdida. Ela está aí, só precisa ser despertada com uma boa dose de coragem e responsabilidade. Ela vem à tona e ajuda muito quando achamos pessoas com as quais nos sentimos livres!
Estamos em uma época de mudanças, onde podemos confiar no outro, pois nascemos com essa natureza, mas devemos desenvolver confiança em nós mesmos para desenvolver o questionamento. Não é porque alguém disse que a mulher é inferior ao homem que acreditarei cegamente. Devo questionar! E, na prática verei que não é verdade.
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Junto com outras mulheres e homens, vejo e sinto isso, de que muitas verdades impostas não são mais verdades. E agora podemos escolher no que acreditar e assim comprovando a nossa crença na humanidade, na felicidade e no respeito pelo outro, vamos agindo e formando outras verdades. Sigamos, irmãs e irmãos! Ahow!