No momento em que reencarnamos, ‘’perdemos” contato com toda a nossa bagagem cósmica e temos o benefício do véu do esquecimento para podermos criar uma nova história.
Quando pequenos, não temos a identidade do EU, nascemos literalmente colados e conectados às nossas mães. Esse laço é o Nós para a criança recém-nascida por até dois anos de idade, e esse sentimento e conexão com o Nós, do um com o todo, vai se perdendo com a construção do Eu juntamente com o Ego, construção importante, mas que muitas vezes pode se tornar dolorosa, uma vez que essa construção é baseada em crenças, padrões e atitudes dos pais, avós, irmãos, da escola e por todo âmbito que essa criança se relaciona.
Se todos esses ambientes por onde essa criança circula e se relaciona não forem emocionalmente saudáveis e conscientes, vários momentos vividos naquela fase podem ser carregados e repetidos até a vida adulta. Não por acaso, nos percebemos muitas vezes flagelados, incompletos e perdidos.
Daí a importância de se perceber, se sentir, se conhecer, conectar com todas as nossas partes e identificar essas lacunas, podendo assim se preencher, se abastecer enquanto criança para então poder se enxergar como adulto inteiro e real.
Lá na infância, por exemplo, quando você ouvia da sua mãe/pai/ente familiar que estudar e tirar nota 10 não era nada além da sua obrigação, que você só fazia aquilo na vida, que tinha mais é que ser perfeito, o que você acha que reflete na sua vida hoje? Muito provavelmente que sua mãe/pai/ente familiar (leia-se MUNDO, porque até o final da infância/adolescência os pais são a referência de mundo que nós temos) só te amará, te aceitará, se você for perfeito. Entende como são feitas essas construções de crenças e padrões de pensamento e consequentemente atitude?
Uma vez identificada uma dessas crenças, se você se permitir entrar em conexão profunda com você mesmo, vai identificar o cerne da questão para poder transformar e ressignificar essa crença, potencializando cada vez mais todas as partes de você. Identificou a crença? Ótimo trabalho, mas ainda tem mais!
É muito importante ressaltar que o perdão aos nossos pais ou quem quer que seja que participou da sua formação é fundamental nesse processo. Entenda e aceite que eles fizeram o melhor que podiam fazer com a bagagem de conhecimento e o nível de consciência deles naquele momento.
Aceite essa crença e/ou esse padrão que carregou até aqui e, agora com essa sua compreensão, se permita, se abra para o novo, para o que você quer construir a partir de agora, honrando, respeitando e amando a sua criança interior a cada dia mais e mais.
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Quando descobrimos algumas de nossas questões relacionadas a infância, muitas vezes é doloroso, porque o caminho automático é o da culpa ao outro. Mas entenda que tudo o que passou foi e é necessário para essa construção física, emocional e espiritual de você hoje, assim também como foi um planejamento astral e concedido por nós mesmos. E é da mesma forma que identificamos a raiz da dor, que identificamos a chave para a cura dentro de nós mesmos. Se permita mergulhar no seu interior e conectar com todas as suas sombras para então poder iluminá-las através do autoconhecimento e da responsabilidade consigo mesmo e seus próprios atos, pensamentos e crenças.
Escrito por Colaborador Eu Sem Fronteiras