Hoje, eu consigo falar sobre esse assunto, pois tenho clareza sobre a dependência emocional e já fui uma dependente.
Fui dependente durante muitos anos, por isso senti na pele e na alma o emaranhado que é não se enxergar e se ver pelos olhos do outro ou se misturar, como o parasita e o hospedeiro a ponto de se perder, não saber o que é seu e o que é do outro.
Como diz o Jota Quest na música: “Hoje, preciso de você, com qualquer humor, com qualquer sorriso”… Eu já senti isso, queria estar perto, precisava estar perto e para isso fiz concessões por carência, por necessidade de estar junto, mesmo que fosse absurdamente nocivo.
Em Constelação Familiar, que hoje eu me guio, diz em uma das três leis que uma relação só é saudável se existe a troca, 50% para cada um, se na relação um da mais, cria um nó sistêmico que faz mal aos dois.
Como me livrei disso? Com o desejo absurdo de crescer e evoluir, estudando, pedindo ajuda, me libertando do julgamento (essa é uma grande fonte de dependência emocional), pois quando eu julgo me torno igual, então volto para a dependência.
A diferença? Hoje, consigo enxergar o outro, é como um filme onde você não é mais o personagem e passa a ser espectadora do outro. Vejo os seus anseios, seus delírios, sua ansiedade e não me misturo.
Tinha a síndrome da “Salvadora do Universo” a “Super-Paola”, então queria ajudar muito mais do que podia e conseguia, por carência, por controle e não por verdade. Hoje, existe a consciência por dentro e por fora, o que posso, o que devo me envolver, antes não havia freio, agora tem escolha e não dou mais “Pérolas a porcos” como disse Jesus no Evangelho, é uma lição lindíssima que hoje eu compreendo perfeitamente.
Você também pode gostar
Escolhas, elas só são possíveis quando brotam da nossa Verdade, quando vem de dentro do peito, do coração e da nossa alma. Então, hoje, eu não preciso mais, eu escolho! Claro que às vezes descubro que o caminho não é esse. Chamo isso de feedback, onde não quero mais, mas é assim que eu vou evoluindo e contribuindo para que as pessoas ao meu redor evoluam também.
Existe um pressuposto que diz: “Se eu posso, você também pode!”.
Então, vamos?