A tarefa de educar deveria ter como requisito obrigatório do educador a necessidade de amar aquele que ele tem a tarefa de orientar. E quando dizemos “amar” não é necessariamente no sentido fraternal ou afetivo, mas no sentido de devoção, de se esforçar e dar o seu melhor para que a educação oferecida a uma criança seja o melhor que o educador pode oferecer, aprimorando com qualidade e eficácia a formação de um futuro cidadão. Apesar dos esforços de aplicar a educação com amor, tão importante quanto isso é também educar para que essa criança aprenda a amar tudo o que faz parte da sua vivência.
Uma criança deve ser educada para amar os seus pais, independente deles não atenderem sempre as suas vontades. O fato de não agirem sempre conforme o jovem espera ou gostaria não quer dizer que não o amem, muito pelo contrário. Mais difícil do que a tarefa de amar é o dever de disciplinar, pois esta, além de todas as antipatias que podem gerar, ainda tem grande chance de contar com uma ingratidão futura. Sem falar muitas outras coisas que os pais gostariam de fazer, porém, possuem limitações financeiras e ficam impossibilitados.
A criança que sabe amar vai compreender perfeitamente, pois a presença e convivência dos pais dela é o mais importante no mundo, enquanto a que não aprendeu a amar vai ficar fixada na materialidade do objeto que almejava e pegar raiva dos progenitores, ou seja, caminha a passos largos para se tornar um jovem mimado e um tipo de adulto que vai exigir dos outros que sempre atendam suas vontades.
Amar os pais é relativamente fácil, afinal, qualquer pessoa com o mínimo de discernimento compreende o valor deles na vida. Aprender a amar o próximo não é tão fácil e automático da mesma maneira, começando pelo amor aos animais. Uma famosa frase do líder indiano Gandhi já era bem clara: “A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados”. Considerando que uma nação é formada por um conjunto de seres humanos, uma criança que desde cedo é repreendida quando maltrata o seu bichinho de estimação e é educada a conviver e amar os animais vai contribuir no futuro para um mundo melhor.
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Se amar os pais é tranquilo, então amar os animais é tão fácil quanto, afinal, existem seres mais fiéis e confiáveis? Pois é, o difícil é amar outras pessoas, ou melhor ainda: os inimigos. Não é algo que literalmente se aprende, mas que se pratica. Uma pessoa que cria inimigos é alguém que terá mais dificuldade para superar os objetivos e perderá o seu foco de vencer na vida ao almejar derrotar uma outra pessoa. Toda religião traz mensagens positivas, uma que vale destacar neste assunto é o Cristianismo: “Ame ao próximo como a ti mesmo”. Se esse fosse o lema de todos os princípios educacionais da humanidade, certamente não pisaríamos na lua enquanto alguém passasse fome no planeta.
- Texto escrito por Diego Rennan da Equipe Eu Sem Fronteiras.