As fazendas urbanas são verdadeiros oásis em meio ao concreto das metrópoles. Surgidas do anseio por alimentos sem agrotóxicos, são muito comuns nos Estados Unidos e na Europa. Além de comidas saudáveis, os agricultores urbanos mostram às crianças que o maior lucro da agricultura é oferecer produtos que tragam saúde. Pesquisamos e descobrimos uma fazenda urbana na Dinamarca, entre outras iniciativas bem interessantes, e vamos contar tudo para vocês.
Impact Farm: a fazenda urbana da Dinamarca
A Impact Farm foi projetada pelos jovens dinamarqueses Mikkel Kjaer e Ronnie Markussen com os objetivos de reavivar locais abandonados, oferecer alimentos saudáveis, criar empregos na região e ser uma alternativa para a produção agrícola em campos de refugiados.
Os idealizadores explicam que o projeto da fazenda urbana é dividido em dois: o de menor capacidade atende a restaurantes e comércios de pequeno porte, enquanto o de maior capacidade é indicado para escolas, asilos e creches.
A construção teve a utilização de materiais reciclados e, graças ao seu sistema modular, a fazenda pode ser desmontada e levada para outros lugares. O imóvel tem sistema independente para captação de água, eletricidade e calor.
De acordo com Mikkel e Ronnie, a Impact Farm pode produzir de três a seis toneladas de verduras, legumes, ervas e frutas por ano.
Sole Food
A maior fazenda urbana do mundo está em Vancouver. Fundada por Michael Ableman e Seann Dory, a
Sole Food transforma locais abandonados em áreas produtivas e oferece formação agrícola para deficientes mentais e ex-dependentes químicos.
A fazenda produz 60 toneladas de legumes, verduras e frutas anualmente e abastece restaurantes e supermercados locais. Os produtos podem ser comprados pelo site.
Para o projeto continuar a crescer, a Sole Food aceita doações que também podem ser feitas através do site.
Dragonfly: edifício fazenda urbana vertical
O Dragonfly é uma fazenda urbana vertical em Roosevelt Island, Nova Iorque. O prédio tem 132 andares, duas torres de 600 metros que abrigam um jardim climático e foi projetado pelo arquiteto belga Vincent Callebaut.
A fachada, que lembra asas de libélulas, tem painéis geradores de energia solar, energia eólica e retenção de calor no inverno. O sistema de captação de águas da chuva rega a plantação de pomares e campos de arroz.
Fazendas urbanas americanas
A prefeitura de Nova Iorque cedeu um terreno no bairro do Bronx para a criação de uma fazenda urbana. No espaço, a comunidade cuida das plantações de tomates, cria galinhas e peixes.
O ambicioso projeto teve início em 2014 quando a empresa Hantz Farms adquiriu 1.450 lotes na cidade americana de Detroit com a intenção de demolir 50 casas para plantar 15 mil árvores. Quando sair do papel, a iniciativa tem tudo para ser a maior fazenda urbana do mundo.
Fazendas urbanas no Brasil
Elas ainda são raras por aqui, mas o cenário promete mudar. A Urban Farmers, empresa suíça que desenvolve fazendas urbanas em topos de prédios e tem projetos na Basileia (Suíça), Berlim e Holanda, quer trazer a iniciativa para o Brasil. Se tudo der certo, São Paulo terá verduras, legumes, ervas e frutas cultivados no sistema de aquaponia, que é a produção de peixes com vegetais.
Para abrigar o projeto, a Urban Farmers determina que o local deve ter área mínima de 2000 m2 , receber luz solar e ter supermercados, restaurantes e lojas a 10 km de distância. Os shoppings Eldorado e o Cidade São Paulo, além de dois terrenos no Tatuapé e na Barra Funda, são alguns dos locais estudados pela empresa.
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Os idealizadores acreditam conseguir apoio de restaurantes e supermercados de alimentos saudáveis para colocar a ideia em prática em 2017.
Adoramos essa ideia, e vocês? Vamos conversar sobre ela e, se você conhecer algo relacionado, conte para a gente. Ah, e se quiser ler mais sobre produção agrícola saudável, leia outros artigos do Eu Sem Fronteiras.
Texto escrito por Sumaia de Santana Salgado da Equipe Eu Sem Fronteiras