Convivendo

Conheça a fazenda urbana da Dinamarca

Urban Farm: Growing vegetables on roof of urban building
Escrito por Eu Sem Fronteiras

As fazendas urbanas são verdadeiros oásis em meio ao concreto das metrópoles. Surgidas do anseio por alimentos sem agrotóxicos, são muito comuns nos Estados Unidos e na Europa. Além de comidas saudáveis, os agricultores urbanos mostram às crianças que o maior lucro da agricultura é oferecer produtos que tragam saúde. Pesquisamos e descobrimos uma fazenda urbana na Dinamarca, entre outras iniciativas bem interessantes, e vamos contar tudo para vocês.

Impact Farm: a fazenda urbana da Dinamarca

A Impact Farm foi projetada pelos jovens dinamarqueses Mikkel Kjaer e Ronnie Markussen com os objetivos de reavivar locais abandonados, oferecer alimentos saudáveis, criar empregos na região e ser uma alternativa para a produção agrícola em campos de refugiados.

Os idealizadores explicam que o projeto da fazenda urbana é dividido em dois: o de menor capacidade atende a restaurantes e comércios de pequeno porte, enquanto o de maior capacidade é indicado para escolas, asilos e creches.

A construção teve a utilização de materiais reciclados e, graças ao seu sistema modular, a fazenda pode ser desmontada e levada para outros lugares. O imóvel tem sistema independente para captação de água, eletricidade e calor.

De acordo com Mikkel e Ronnie, a Impact Farm pode produzir de três a seis toneladas de verduras, legumes, ervas e frutas por ano.

Sole Food
Plantação em crescimento durante o dia
Alejandro Barrón de pexels / Canva

A maior fazenda urbana do mundo está em Vancouver. Fundada por Michael Ableman e Seann Dory, a

Sole Food transforma locais abandonados em áreas produtivas e oferece formação agrícola para deficientes mentais e ex-dependentes químicos.

A fazenda produz 60 toneladas de legumes, verduras e frutas anualmente e abastece restaurantes e supermercados locais. Os produtos podem ser comprados pelo site.

Para o projeto continuar a crescer, a Sole Food aceita doações que também podem ser feitas através do site.

Dragonfly: edifício fazenda urbana vertical

O Dragonfly é uma fazenda urbana vertical em Roosevelt Island, Nova Iorque. O prédio tem 132 andares, duas torres de 600 metros que abrigam um jardim climático e foi projetado pelo arquiteto belga Vincent Callebaut.

A fachada, que lembra asas de libélulas, tem painéis geradores de energia solar, energia eólica e retenção de calor no inverno. O sistema de captação de águas da chuva rega a plantação de pomares e campos de arroz.

Fazendas urbanas americanas

A prefeitura de Nova Iorque cedeu um terreno no bairro do Bronx para a criação de uma fazenda urbana. No espaço, a comunidade cuida das plantações de tomates, cria galinhas e peixes.

O ambicioso projeto teve início em 2014 quando a empresa Hantz Farms adquiriu 1.450 lotes na cidade americana de Detroit com a intenção de demolir 50 casas para plantar 15 mil árvores. Quando sair do papel, a iniciativa tem tudo para ser a maior fazenda urbana do mundo.

Fazendas urbanas no Brasil

Elas ainda são raras por aqui, mas o cenário promete mudar. A Urban Farmers, empresa suíça que desenvolve fazendas urbanas em topos de prédios e tem projetos na Basileia (Suíça), Berlim e Holanda, quer trazer a iniciativa para o Brasil. Se tudo der certo, São Paulo terá verduras, legumes, ervas e frutas cultivados no sistema de aquaponia, que é a produção de peixes com vegetais.

Para abrigar o projeto, a Urban Farmers determina que o local deve ter área mínima de 2000 m2 , receber luz solar e ter supermercados, restaurantes e lojas a 10 km de distância. Os shoppings Eldorado e o Cidade São Paulo, além de dois terrenos no Tatuapé e na Barra Funda, são alguns dos locais estudados pela empresa.

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Os idealizadores acreditam conseguir apoio de restaurantes e supermercados de alimentos saudáveis para colocar a ideia em prática em 2017.

Adoramos essa ideia, e vocês? Vamos conversar sobre ela e, se você conhecer algo relacionado, conte para a gente. Ah, e se quiser ler mais sobre produção agrícola saudável, leia outros artigos do Eu Sem Fronteiras.


Texto escrito por Sumaia de Santana Salgado da Equipe Eu Sem Fronteiras

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