Autoconhecimento Psicanálise

Como estão as suas motivações?

Beautiful young sports couple with earphones standing outdoors
Escrito por Ana Cerqueira

Olá, amigos do Eu Sem Fronteiras!

Hoje vou falar sobre uma adaptação da Pirâmide das Necessidades (Maslow), voltada para pontuar como estão distribuídas as nossas motivações e o perigo de se fixar em uma delas. Todas as faixas da pirâmide se conectam uma com a outra, como explicarei a seguir:

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Começando a análise da pirâmide de baixo para cima, temos na parte maior e inferior as nossas necessidades básicas, fisiológicas. São as nossas necessidades de comer, dormir, beber, se aquecer e transar. Estas necessidades podem ser adiadas até certo limite, pois como são consideradas de autoconservação, são poderosas e podem nos impedir de subir na pirâmide. Sabemos que em situações extremas comeremos qualquer coisa e beberemos qualquer bebida.

A segunda etapa é a de segurança. É necessário um mínimo de segurança para ficarmos em homeostase (equilíbrio) e essa segurança engloba o físico e o psíquico. Quando possível, atenderemos a necessidade de comer (fisiológica) e buscaremos uma comida limpa (segurança).

A terceira diz respeito ao reconhecimento, que é essencial para nós como seres humanos e imperfeitos. Precisamos nos sentir amados, valorizados e aceitos. Analisando de baixo para cima da pirâmide, buscaríamos uma comida, em um local seguro e que atenda a nossa necessidade de “status”, como ir a um restaurante chique, por exemplo.

A quarta se refere ao lazer, que chamamos de autorrealização egocêntrica, já que é focada no nosso prazer. Pode ser o prazer de comer, englobando todas as opções anteriores. Pode ser prazer de ler, de ir a um cinema ou ao teatro. Algo que fazemos por nós e para nós.

Todas estas etapas anteriores existem para a nossa sobrevivência individual e são consideradas egocêntricas, já que o foco é no seu próprio eu.

A última etapa é menor, pois é a mais trabalhosa, é a autorrealização empática. Representa a sobrevivência coletiva, o amor ao próximo e o dar sem esperar nada em troca. Quando estamos mais focados neste tipo de amor e atitude, podemos chegar ao ponto de deixar de comer para dar ao próximo.

Ok, mas onde entra o conflito?

Temos em nós dois níveis de consciência, um egocêntrico (focado no “eu”) e outro empático (focado no outro), variando de pessoa para pessoa. Se o nosso lado egocêntrico for muito grande, quando formos contrariados em qualquer uma das quatro necessidades (fisiológicas, segurança, reconhecimento e autorrealização egocêntrica) iremos agredir, desrespeitar, magoar e nos magoar. Faremos sofrer e consequente sofreremos as consequências dos nossos atos.

É claro que todos nós precisamos naturalmente de todas estas necessidades atendidas, o grande problema é quando o nosso desejo central se fixa em alguma delas, como por exemplo, a necessidade de reconhecimento. Se fixados, viveremos em função de receber aplausos dos outros em tudo o que fazemos, gastaremos uma energia absurda para agradar, para fazer o que o outro espera, para sermos aceitos, valorizados e amados. Não sendo verdadeiros conosco e nem com o outro, sofreremos quando as palmas não vierem. Nos tornaremos pessoas metades e dependentes do outro para sermos felizes.

Outro exemplo, seria nos focarmos na segurança e perder diversas oportunidades de mudança porque não saímos da zona de conforto. Poderemos ficar em trabalhos e relacionamentos em que estamos infelizes, mas nos sentimos seguros. Ou viver em função de encontrar pessoas que satisfaçam essa nossa necessidade, nos tornando exigentes, sufocando quem está ao nosso redor, sendo possessivos.

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Avalie se você está preso em qualquer uma destas necessidades egocêntricas, e foque em se tornar uma pessoa melhor, buscando todos os dias atender a mais nobre das nossas necessidades, que é a de autorrealização empática. Perceba que felicidade maior é proporcionar felicidade, que é nosso objetivo evoluir para o bem, para o doar, para o compreender e o servir.

Um grande abraço e até a próxima!

Sobre o autor

Ana Cerqueira

Sou Psicanalista Clínico, com especialização em Métodos de Acesso Direto ao Inconsciente. Tenho graduação em Publicidade e pós-graduação em Comunicação Digital. Sou Autora do Blog “Amor pela Psicanálise”.

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