Que o casamento já não faz parte da vida de muitas pessoas como um plano certeiro já tem um tempo, mas recentemente tem crescido a quantidade de homens que não pretendem manter um relacionamento duradouro com alguém pelo simples fato de acreditarem que a vida foi feita para ser vivida. É a chamada Síndrome de Simon, que acomete uma geração de homens entre 28 e 38 anos que não parecem ter adquirido nenhuma maturidade emocional.
Eles são geralmente bem resolvidos na vida: têm estabilidade financeira, um bom trabalho e gostam muito de si mesmos, só não pretendem se envolver pra valer com ninguém. A sigla Simon mostra cada uma das características destes homens: S de solteiro, I de imaturo, M de materialista, O de obcecado pelo trabalho, e N de narcisista. São essas as características principais dos que vivem sobre a síndrome de Simon. É uma espécie de mito de Narciso do novo milênio.
Sem maturidade para lidar com a vida adulta, estes homens querem viver em constante festa, gastando o dinheiro que ganham com viagens, roupas, baladas e muitas vezes com mulheres, mas sem envolvimento emocional a longo prazo. É como se vivessem uma adolescência tardia e sem hora para terminar. Sem apego a sentimentos, eles podem viver com os pais ou sozinhos para o resto da vida, mas não imaginam dividir o teto com um parceiro amoroso.
Eles vivem com a ideia de que o “eu” é mais importante que qualquer outra coisa e não medem esforços para obter sucesso profissional e pessoal, através do físico, principalmente. São obcecados com a própria aparência e podem gastar muito mais do que uma mulher com academia, tratamentos estéticos, cosméticos e roupas; além de terem um cuidado que beira o obsessivo com a alimentação.
Passam horas na frente do espelho admirando os músculos que esculpiram com muito cuidado ou arrumando o próprio cabelo em penteados milimetricamente feitos. A psicologia mostra que eles não conseguem se envolver emocionalmente de forma verdadeira com ninguém porque não desenvolveram a maturidade necessária para lidar com os desejos, vontades e necessidades de outras pessoas, pois só estão preocupados com o próprio umbigo.
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O tratamento pode ser feito junto a profissionais da psicologia, pois é necessário um trabalho longo e meticuloso até que a pessoa tome consciência de que o estilo de vida escolhido pode se tornar um problema.
Texto escrito por Roberta Lopes da Equipe Eu Sem Fronteiras.