O luto é um processo de transição entre a morte de alguém querido e a retomada da vida. Este período é doloroso, porém, deve ser vivido até que as coisas entrem no trilho e o horizonte se mostre. O luto não é igual para todos, mas costuma durar um ano e apresenta cinco estágios: recusa, raiva, depressão, falsa sensação de força e aceitação. Eles podem acontecer de maneira aleatória ou até mesmo não acontecer. Se você está ou conhece alguém que está passando por isso, veja como viver com o luto.
Não ignore o luto
A psicóloga Juliana Batista, do Hospital do Coração, explica que não é saudável assumir mil compromissos na tentativa de afugentar a dor. Tal atitude é chamada de “luto inibido” e demonstra que a pessoa não sabe lidar com perdas. Esse tipo de pessoa é o que mais precisa de ajuda psicológica.
O luto precisa ser vivido, como diz o escritor Alan Wolfelt: “A experiência do luto é poderosa. Assim também é sua capacidade para ajudar a curar a si mesmo. Ao viver o processo do luto, a pessoa está se movendo em direção a um renovado senso de significado e propósito em sua vida”.
Como encarar o luto pela perda de um filho?
Como em qualquer situação conflituosa, o casal precisa conversar. Cada pessoa vive o luto de uma forma, e pode ser que haja um descompasso. Quem demora para aceitar a morte do filho dirá que o parceiro é insensível porque o outro superou “rápido demais”. Caso um não consiga entender o tempo e os sentimentos do outro, é recomendado procurar orientação psicológica.
Como lidar com o luto infantil?
O luto infantil também não pode ser ignorado. A maneira como as crianças passam por ele é determinada pela postura dos pais em relação à morte. Quando o pai e a mãe falam claramente sobre a morte de um animal de estimação e das pessoas, explicando que é um processo natural que todos vão passar, a criança enfrentará tudo com mais serenidade. Para falar sobre a morte com crianças, os profissionais não aconselham usar eufemismos como “a pessoa descansou”, porque dá a impressão de que ela poderá voltar.
Quem está de luto precisa tomar remédio?
Especialistas explicam que o luto não é uma doença. Porém, quando a pessoa se isola e não consegue fazer atividades básicas, como ir ao supermercado, ela está no chamado “luto complicado”, comum a pessoas que perderam entes queridos por suicídio, tragédias e acidentes. Quem passa pelo luto crônico vive em função daquela morte, só pensa e fala nela.
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Casos assim são acompanhados de depressão ou transtornos de ansiedade. Familiares e amigos precisam prestar atenção e procurar ajuda psicológica para saber como lidar. O tratamento poderá ser a combinação de terapia e antidepressivo.
Perder alguém não é fácil, mas o luto pode ser uma oportunidade para renascer. Leia sobre o assunto!