Jiddu Krishnamurti nasceu em uma pequena vila localizada ao sul da Índia. Considerado um dos grandes pensadores modernos, ele não repetia pensamentos de nenhuma filosofia ou religião. Rejeitava o rótulo de guru espiritual, falava sobre problemas como violência e corrupção, que a humanidade precisa repensar seus valores e sobre a necessidade de trazer a espiritualidade para nossas vidas. Separamos alguns trechos de seus livros para mostrar os ensinamentos de Kirshnamurti, contemple:
O Egoísmo e o Problema da Paz, página 77
“A Realidade é algo que devemos sentir, e não objeto de especulação. Mas só poderemos senti-la depois de a mente-coração haver cessado de acumular. A mente-coração não deixa de acumular, pela simples negativa ou determinação, mas somente pela autovigilância; pelo autoconhecimento descobre-se a causa da acumulação. Só é possível sentir a Realidade depois de cessar o conflito dos opostos.”
“Para ficarmos livres da acumulação, é preciso profundo conhecimento de nós mesmos, e não o conhecimento superficial das poucas camadas claras de nossa consciência. O descobrir e o conhecer todas as camadas de nossa consciência é o começo da verdadeira meditação. Na tranquilidade da mente-coração, reside a sabedoria e a Realidade.”
Claridade na Ação, página 153
“Enquanto a mente está entravada pelo passado, pejada de saber, de lembranças, de juízos, o novo não pode existir. Enquanto a mente constituir o centro do ‘eu’, que é resultado do tempo, não há possibilidade de realizar-se o atemporal.”
Despertar da Sensibilidade, página 177
“A questão, pois, é: Como esvaziar a mente? Não há sistema, nem fórmula. Deveis perceber a realidade deste fato: que a mutação é absolutamente necessária para a salvação do homem, para vós e para mim, para nossa salvação, (…) liberdade, (…) libertação do sofrimento, das agonias da vida.”
O Homem e seus Desejos em Conflito, 1ª edição, página 18
“Só a mente vazia pode ver com clareza, e não a mente abarrotada de informações e conhecimentos, não a mente que está incessantemente ativa, no afã de buscar, alcançar, exigir. Mas a mente vazia não está ‘em branco’. (…) E só nesse vazio há compreensão, há criação.”
Depois de esvaziar a mente, Krishnamurti diz:
Fora da Violência, página 13
“E, para se poder ver claramente, sem nenhuma desfiguração, deve desaparecer toda espécie de imagem – a imagem de serdes americano ou católico, rico ou pobre – todos os vossos preconceitos devem desaparecer. E tudo isso desaparece no momento em que vedes claramente o que está à vossa frente.”
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Diário de Krishnamurti, página 49
“Ver sem a interferência do pensamento ou da palavra, sem a reação da memória, difere totalmente do ‘ver’ baseado no pensamento e na sensação. É superficial o que se vê com o pensamento. Ver sem o pensar é visão integral. Contemplar uma nuvem sobre a montanha, sem o pensamento e suas reações, é o milagre do ‘novo’; e isso (…) é imensamente explosivo (…) Isso é a totalidade da vida, não o fragmento do pensamento (…).”
Krishnamurti falava muito sobre esvaziar a mente, a meditação possibilita isso.
Escrito por Sumaia Santana da Equipe Eu Sem Fronteiras