Que o amor é um sentimento maravilhoso não é discutível. Grandes transformações aconteceram na sociedade e na vida de milhões de pessoas movidas por sentimentos amorosos. Ao mesmo tempo, o amor também é um tanto supervalorizado em nosso mundo. Muitas pessoas colocam todo o seu foco em busca de um romance e, ao se frustrarem, acabam optando por se suicidarem porque a vida perde o sentido.
Tudo em excesso é prejudicial, inclusive o amor. Esse sentimento elevado a níveis estratosféricos pode causar males a quem amamos e, principalmente, para nós mesmos. O amor em excesso muda de nome, tornando-se obsessão. Quando isso acontece, nada mais importa. Razão e sentimento não costumam andar juntos no amor, mas, quando ele se torna uma obsessão, a pouca racionalidade presente é jogada na lata do lixo.
O famoso escritor e pensador inglês Oscar Wilde já dizia que o nosso primeiro e último amor era o amor-próprio. Se a gente tiver um verdadeiro amor por nós mesmos, certamente não nos submeteremos a humilhações ou tentaremos obrigar a outra pessoa a conviver com a gente. Quando nos amamos em primeiro lugar, a convicção de que há muitos outros peixes no mar e que a vida segue faz parte de nossos pensamentos.
Embora seja benéfico, o amor-próprio elevado em níveis extremos também é prejudicial. Assim como o amor ao próximo em excesso se torna obsessão, o mesmo acontece com o amor-próprio, que se transforma na vaidade. A ideia de que existem outros peixes no mar migra para a percepção de que as pessoas são descartáveis, ou seja, meros objetos presentes para nos satisfazer. Quando isso deixar de acontecer, elas podem ser largadas, de acordo com aqueles que amam somente a si próprios.
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Tudo na vida requer equilíbrio, inclusive para o amor. É preciso colocar os sentimentos na balança e analisar até que ponto estão nos fazendo bem ou se a gente precisa rever nossos posicionamentos. Caso perceba que está seguindo uma trilha que levará a dores e sofrimentos prolongados, talvez seja a opção de refletir outras possibilidades. A vida é exatamente isso: uma infinidade de caminhos que podem ser seguidos todos os dias, portanto, depende somente de nós.
Escrito por Diego Rennan da equipe Eu Sem Fronteiras