O mundo evolui a cada dia. Aliás, cada minuto que passa alguém descobre algo novo; novas técnicas de ensino, novos métodos de aplicar lições, novas formas de fazer as pessoas evoluírem. E as escolas estão buscando métodos que possam evoluir a forma como as crianças são repreendidas.
As escolas vêm buscando métodos que promovam reflexão e ensinamentos por meio do castigo – dessa forma, a palavra castigo, inclusive, deixa de caber à situação, uma vez que castigo significa punição. O “castigo” se torna mais uma oportunidade de aprender, crescer e, consequentemente, evoluir.
Nos Estados Unidos, alguns colégios estão aplicando Yoga em vez de castigos. Dessa forma, os alunos têm a oportunidade de meditar e refletir acerca do que fizeram, de quem são e de quem estão se tornando.
Com esses momentos providos pela instituição, as crianças têm chances muito maiores de se conscientizarem a respeito de suas atitudes, entendendo os motivos de serem atos ruins e/ou errados. Há chances de as crianças se arrependerem do que fizeram e, a partir disso, tentarem se tornar pessoas melhores.
O Yoga é uma prática física e mental, que faz com que o praticante tenha mais consciência de si, do outro e do mundo, trazendo mais harmonia, equilíbrio e tranquilidade para quem o pratica, para o ambiente e aos que estão em volta.
As escolas estão buscando métodos que possam evoluir a forma como as crianças são repreendidas
Analisando esses benefícios, pode-se perceber como a palavra “castigo” ou “punição” não cabe mais à situação, certo? No final das contas, as crianças crescem e evoluem até mesmo (e, talvez, principalmente) quando erram.
E foi justamente ao perceber isso que os educadores americanos passaram a inserir a atividade no cotidiano dos alunos locais. A primeira instituição a aderir ao Yoga foi a escola de ensino infantil Robert Coleman, em Baltimore, nos Estados Unidos.
Os resultados observados nesse colégio foram positivos e satisfatórios. Muito além do que imaginavam, a prática do Yoga diminuiu o número de suspensões e advertências, melhorou a forma como os alunos se relacionam e, além disso, também aumentou o nível de concentração das crianças durante as aulas.
A escola Robert Coleman adotou o método em parceria com a ONG Holistic Life Foundation. O projeto foi intitulado como “Mindful Moment Room”, que, em português, significa “Sala para meditar”, em tradução livre, ou “Sala do momento de meditação”, em tradução literal.
A regra é simples: em vez de ter uma punição ou um castigo negativo, a criança que cometeu um erro é levada à sala de meditação, para que possa relaxar e meditar. Com isso, o pequeno terá a oportunidade de pensar e refletir sobre o que fez, além de pensar em como suas atitudes influenciam sua própria vida e a vida dos que estão à sua volta.
Para intensificar ainda mais a ideia de que esse momento não deve ser considerado uma punição, a escola decorou a sala com almofadas, itens que sejam divertidos para as crianças mais novas – mas, ao mesmo tempo, relaxante – para que se sentissem em um ambiente acolhedor. Além disso, a sala possui luzes mais baixas do que o normal, o que ajuda a criança a relaxar.
E a meditação não é a única técnica utilizada. Por mais que meditar seja considerado o método principal do projeto, conversar sobre o que aconteceu com psicólogos, professores e instrutores também é estimulado.
A meditação, além de todos os benefícios já citados no texto, também ajudará o pequeno a evoluir não só como pessoa, mas também em suas habilidades pessoais. Ajuda a aumentar a capacidade de concentração e da memória, além de controlar melhor as emoções e os sentimentos.
Outras escolas norte-americanas já adotaram o Yoga como método de aprendizado diante de situações ruins cometidas pelas crianças. Os resultados, até agora, são considerados muito positivos.
Por valer tanto a pena, a ideia ultrapassou os limites dos continentes e chegou ao Brasil – não necessariamente seguindo o mesmo projeto, mas implementando o Yoga na grade escolar dos alunos.
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Escrito pro Giovanna Frugis da Equipe Eu Sem Fronteiras.