Saúde Integral

Mitos e verdades sobre a febre amarela

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Escrito por Eu Sem Fronteiras

O surto atual de febre amarela no Brasil vem preocupando muita gente, principalmente no Espírito Santo e em Minas Gerais. Ao todo, já foram registrados 215 casos da doença no Brasil, com 70 mortes confirmadas e 93 ainda sendo investigadas.

As regiões com maior incidência da febre amarela estão no leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia, mas o Ministério da Saúde e o Governo Federal indicaram a vacinação preventiva em 19 Estados do país. A imunização é importantíssima para quem vive nessas áreas, principalmente entre os moradores das zonas rurais e para quem pretende viajar.

Os sintomas da febre amarela são, no começo, muito parecidos com os da gripe.

Todos os casos de febre amarela registrados atualmente no país são transmitidos por mosquitos que vivem nas matas e na beira dos rios, chamados Haemagogus e Sabethes. Eles são os responsáveis pelo “ciclo silvestre” da doença, o único registrado no Brasil desde 1942.

Além desses transmissores, outro mosquito bastante conhecido por nós também pode passar o vírus da febre amarela para as pessoas: o Aedes Aegypti — uma espécie que vive nas cidades e não nas zonas rurais. Mas não precisa se desesperar, pois a epidemia atual não registrou nenhum caso de infecção por esses mosquitos.

Como os mosquitos são os únicos responsáveis pela transmissão da doença, eles não correm o risco de espalhar a febre amarela pelo país, mas a vacinação é muito importante para evitar que alguma pessoa infectada acabe levando o vírus para o “ciclo urbano”. Um exemplo: se uma pessoa com febre amarela viajar para uma região urbana e for picada pelo Aedes Aegypti, o mosquito receberá o vírus e poderá transmiti-lo para outra pessoa. Mas os mosquitos atualmente afetados não são capazes de sobreviver em áreas urbanas, então apenas transmitem a doença para pessoas e animais que vivem em zonas rurais. Assim, a epidemia pode ser eliminada com a vacinação preventiva correta, principalmente de quem sai de áreas com alto risco de contaminação.

Quem pode receber a vacina?

A vacina contra a febre amarela é bastante eficaz no Brasil e é indicada para crianças acima dos 9 meses e adultos até os 60 anos. Ela é tomada em 2 doses, com intervalo de 10 anos para os adultos e, para as crianças, é necessário uma segunda dose aos 4 anos. Os idosos também podem receber a vacina, mas ela deve ser indicada por um médico.

Quais são as contraindicações?

No caso das mulheres grávidas e das que estejam amamentando, a vacina não deve ser tomada, a não ser que um médico faça uma avaliação diferente. Os bebês com menos de seis meses também não devem ser vacinados.

Também existem contraindicações para quem tem alergia à proteína do ovo e pacientes que estejam em tratamentos com quimioterapia e radioterapia.

Vale lembrar que cada caso é único e todos devem consultar um médico para saber mais detalhes sobre suas indicações para a vacina.

Como posso saber se estou infectado?

Os sintomas da febre amarela são, no começo, muito parecidos com os da gripe. Os infectados podem ter febre, dores no corpo, dor de cabeça, enjoos e vômito. Depois de dois ou três dias, a doença muda de fase e, na grande maioria dos casos, os pacientes começam a melhorar.

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Porém, nos casos mais graves, a febre amarela pode evoluir para sua forma mais grave, que atinge os rins e o fígado. Nesta fase, também ocorre a icterícia (aparência amarelada que dá nome à doença) e podem ocorrer sangramentos de mucosas e hemorragias.


Escrito por Laís Mori da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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