Autoconhecimento

Do que se trata?

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Escrito por Antônio Navarro

A despeito de toda tecnologia disponível, que proporciona uma imensa possibilidade de conforto e facilidades para satisfação das necessidades materiais humanas, nunca experimentamos tanto desequilíbrio interior.

Os consultórios especializados em comportamento humano encontram-se abarrotados; a quantidade de medicamentos psicoativos consumidos atinge números inimagináveis; e a depressão está a caminho de se firmar como o mal maior de nossas vidas.

Vemos, com muita facilidade, a banalização da vida e do comportamento social, que não leva em conta os resultados futuros, e menos ainda o impacto nas vidas alheias. Vivemos um estado de modernidade líquida, no dizer de Zygmunt Bauman em seus estudos sobre os valores praticados pela humanidade moderna, desprezando valores mais sólidos praticados até o final da terceira parte do século XX.

Desde então, com a conquista de uma liberdade que não temos conseguido administrar satisfatoriamente, acentuou-se o individualismo que fortalece o egoísmo, com o consequente prejuízo ao bem-estar do próximo, a começar dentro de nossos próprios lares, resultando também em mal-estar pessoal.

Esse mal-estar que não identificamos e não administramos nos remete a fugas através do consumismo material, que se estende ao consumismo nas relações, ao sexo inconsequente que coisifica o outro e que avilta a amizade e o companheirismo, descaracterizando o sentimento de humanidade da nossa natureza, às drogas lícitas e ilícitas, que deterioram o corpo físico, o tecido familiar e, em consequência, o tecido social. Tudo isso ocorre porque queremos ser felizes, sentirmo-nos bem diante da vida, e é justamente o que não estamos conseguindo.

Há um vazio dentro de nós, arriscaríamos dizer que estamos tentando preencher com algo que só cabe do lado de fora, porque o que cabe e se encaixa dentro de nós são valores humanos sólidos, advindos dos sagrados valores de nossa essência espiritual.

O cientista do comportamento humano, Alfred Adler, expressou o resultado de sua experiência com a natureza humana dizendo que: “É o indivíduo que não está interessado no seu semelhante quem tem as maiores dificuldades na vida e causa os maiores males aos outros. É entre tais indivíduos que se verificam todos os fracassos humanos”.

Interpretando a conclusão do grande cientista, em comparação ao estado atual do panorama humano comentado acima, facilmente percebemos que a solução para o vazio em nossas existências é colocarmos em prática valores como empatia, solidariedade, altruísmo, respeito ao próximo e alteridade.

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É disso que se trata, de valores humanos, e de colocá-los em prática! Somos seres sociais, e se adoecemos individualmente em nosso mundo moral, a sociedade também adoece. Se buscarmos tão somente o nosso prazer e a satisfação de nossas vontades e necessidades pessoais, não haverá outro retorno senão o estado de desequilíbrio que se generaliza como verdadeira epidemia, tornando todos inseguros e infelizes quanto à vida e ao futuro.

Pensemos nisso.

Sobre o autor

Antônio Navarro

Orador espírita e Membro da Diretoria do Centro Espírita Francisco Cândido Xavier em São José do Rio Preto - SP.

Articulista espírita dos seguintes meios de comunicação:

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Jornal eletrônico A Caminho da Luz – Botucatu-SP
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