Toda mulher sabe que precisa ir ao menos uma vez por ano ao ginecologista para verificar como está sua saúde e, desta forma, prevenir a maior parte das doenças que podem lhe acometer. Infelizmente, muitas deixam de fazer este acompanhamento e também negligenciam sua saúde, devido a falta de informação e de cuidado com sua vida sexual e íntima.
É por isso que, em 2016, quando já temos uma medicina avançada e disseminação de informação em diversos meios, dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que com cerca de 5 mil mortes por ano, uma a cada 90 minutos, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais comum de câncer que vitimiza as brasileiras.
Provocado por alguns dos mais de 150 subtipos do HPV (papiloma vírus humano), o câncer do colo do útero é causado por falta de tratamento e acompanhamento da saúde sexual feminina. Por meio de contato sexual (ânus, boca ou órgãos genitais), o vírus entra no corpo da mulher e pode levar até 20 anos para apresentar os primeiros sintomas, quando infelizmente, na maior parte das vezes, já pode ser tarde demais.
O tratamento ainda é possível, mas envolve operações e quimioterapia. Já se diagnosticado assim que for exposto ao vírus, pode ser tratado de forma mais branda e muito mais eficaz.
O desenvolvimento da doença é vagaroso e os sintomas (dores abdominais, sangramento fora do período menstrual e corrimento com mau cheiro, principalmente) podem aparecer muito tempo depois. Por isso, o acompanhamento médico e o exame de papanicolau periódico se tornam tão necessários.
Caso seja detectada alguma anormalidade na consulta clínica e neste exame inicial, o profissional solicitará uma colposcopia e demais exames que julgar necessário para fechar o diagnóstico.
A rede pública de saúde oferece a vacina contra o HPV para meninas entre 9 e 13 anos desde 2014 e, desta forma, visa proteger as mulheres antes que elas entrem na fase de ter uma vida sexual ativa, portanto, antes de serem expostas ao vírus. Na Austrália, esta medida reduziu drasticamente os casos de câncer do colo do útero, mas no Brasil ainda encontra resistência por conta da cultura – alguns afirmam que estariam liberando as crianças para o sexo.
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Se você é mulher e está em idade sexualmente ativa, não deixe de fazer as consultas periódicas e exames correspondentes junto ao seu ginecologista. Também não deixe de usar camisinha em suas relações sexuais e cuide de você da forma que merece: como sendo a pessoa mais importante da sua vida. Prevenção é um ato de amor e deve ser feito!
Escrito por Roberta Lopes da equipe Eu Sem Fronteiras