Repare em tudo o que você consumiu hoje e quanto lixo você gera em apenas um dia. Agora, imagine essa quantidade de lixo multiplicada pelas pessoas do seu bairro, da sua cidade, do seu país. É muito lixo! E para onde ele vai? A maior parte dele vai para aterros sanitários, e uma pequena parte vai para a reciclagem. E é nesse ponto que estamos errando.
O erro não é reciclar, mas sim a quantidade de lixo que conseguimos reciclar. Por um lado, muito lixo não é reciclado pela falta de conscientização. Muita gente ainda não separa o lixo para reciclagem por falta de conhecimento do que é ou não reciclável e do porquê isso deve ser feito. Outro motivo para não reciclagem é que nem todas as cidades do Brasil têm sistemas de coleta seletiva, e nas cidades que têm, ainda nem tudo funciona como deveria. E como resolver esse problema?
Um bom ponto de partida para resolver qualquer desafio é observar quem já conseguiu lidar com essa situação. Nesse caso, precisamos olhar para a Suécia.
A Suécia é um dos países que mais recicla no mundo. Além da educação ambiental, cuidar da parte de conscientização e projetos tecnológicos revolucionou a forma como o lixo pode ser reaproveitado. Sabemos que alguns tipos de plástico, metal e papel podem ser reciclados, mas os suecos foram além. Eles desenvolveram um sistema que reaproveita até mesmo o que conhecemos por lixo orgânico, que teoricamente não poderia ser reciclado.
Eles utilizam um sistema onde a queima do lixo orgânico transforma-o em energia. E o melhor: energia limpa. Se temos problemas de lixo e de geração de energia (muitos países ainda são dependentes da energia nuclear, para você ter ideia), por que não juntar as duas coisas?
O sistema deu tão certo que outros países como Inglaterra, Irlanda, Noruega e Itália mandam lixo para que a Suécia possa transformar em energia limpa. E aos poucos a mentalidade da população também se acostuma com a ideia de que lixo, na verdade, não é algo desprezível e que só traz problemas, mas sim algo valioso e que pode ser transformado para o benefício de todos.
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Vamos aprender com o exemplo sueco e um dia poderemos chegar nesse nível de sustentabilidade também. Podemos exercer nosso papel como cidadãos e, antes de tudo, começar com a conscientização de que isso é possível. Compartilhe esse texto e mostre para as pessoas que temos um problema que pode ser resolvido. Com o tempo, também poderemos ter incentivos de pesquisa e desenvolvimento tecnológico por aqui também. O importante é dar o primeiro passo. E esse passo é o da conscientização.
Texto escrito por Ricardo Sturk da Equipe Eu Sem Fronteiras.