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Livros que falam sobre Sagrado Feminino

Mulher sentada no chão, com as pernas esticadas, segurando uma caneca com café. Ao seu redor, três livros estão abertos, também no chão.
123rf / Ivan Kruk
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Cada vez mais, o ser humano tem se tornado intrínseco, vivendo mais para si e, principalmente, fortalecendo sua relação com a natureza e com o todo.
É nesta linha que segue o Sagrado Feminino, uma filosofia que oferece ensinamentos sobre o corpo da mulher, vida emocional e os ciclos que toda mulher passa, deixando-os em harmonia com a natureza.

Na prática, é se desligar do mundo tecnológico, da rotina e descobrir mais sobre seu próprio interior, percebendo como funcionam seus instintos e ciclos, como a menstruação e a gestação. Quem embarca nesta jornada intensa de autoconhecimento passa a perceber mudanças na relação com o mundo à sua volta, com uma nova consciência despertando.

Mulher sentada no chão, com as costas apoiadas em uma cama, lendo um livro. Ela veste uma jaqueta e uma calça de moletom.
Pexels / Ekaterina Bolovtsova

Outro efeito do Sagrado Feminino é se desprender da supremacia patriarcal em que muitas mulheres estão presas, ou seja, é preciso deixar para trás situações opressoras e que ditam diversas regras sobre o corpo da mulher, para, enfim, entrar num mundo mais afetivo e sensível.

Dentro de toda mulher existe essa sacralidade e a vontade de retornar para a sua própria essência. Ou seja, essa filosofia nada mais é do que o retorno à origem mais primordial.

Uma das formas de conhecer mais sobre essa filosofia é ler livros sobre o assunto e participar de grupos de estudo só entre mulheres, os “círculos de mulheres”. Para te ajudar, selecionamos 4 livros para você iniciar seu caminho no Sagrado Feminino.

– As Deusas e a Mulher (Jean Shinoda Bolen)

Livro "As Deusas e a Mulher".
Canva / Eu Sem Fronteiras / Reprodução / Amazon

Neste livro, que mistura mitologia com psicologia, a mulher pode compreender mais sobre a sua vida íntima, seu comportamento e sua ação no mundo. Jean Shinoda Bolen compara as antigas deusas aos padrões da psique da mulher, a partir dos preceitos de Jung. Esses padrões determinam as diferenças entre as mulheres e ajudam a compreender sua ação e inter-relação. As Deusas e a Mulher não é uma leitura exclusiva para as mulheres, os homens também podem aprender mais sobre quem é a mulher ao seu lado.

As deusas comparadas a psicologia feminina são: Hera, Deméter, Perséfone, Athená, Ártemis, Héstia e Afrodite. O livro faz parte de um mergulho no tema e fez grande sucesso quando foi lançado. No Brasil, foi publicado no início dos anos 1990.

“(…) Há muitas deusas numa determinada mulher, e quanto mais complicada ela for, tanto mais provável é que muitas deusas estejam atuando nela. O que é realização para uma parte dela pode não ter sentido para uma outra parte. O conhecimento das deusas proporciona às mulheres um meio de conhecerem a si próprias, conhecerem seus relacionamentos com homens e mulheres, com seus pais, namorados e filhos. Esses padrões de deusa oferecem também insight para aquilo que é motivador e até mesmo compulsivo, frustrante ou satisfatório para algumas mulheres e não para outras.” – Jean Shinoda Bolen

– Mulheres que correm com lobos (Clarissa Pinkola Estés)

Livro "Mulheres que correm com lobos".
Canva / Eu Sem Fronteiras / Reprodução / Amazon

Este talvez seja um dos livros mais conhecidos do tema Sagrado Feminino. Muitas das mulheres que se reúnem em círculos hoje foram tocadas pelas lendas e histórias de Clarissa Pinkola Estés.

“Mulheres que correm com os lobos” não é apenas um conjunto de artigos, mas uma interpretação dos arquétipos a partir da teoria junguiana.

Mas, acima de tudo, é um livro que fala de pertencimento, da necessidade de mulheres se apoiarem, terem seu clã e buscarem uma irmandade.

“Não importa a cultura pela qual a mulher seja influenciada, ela compreende as palavras mulher e selvagem intuitivamente. Quando as mulheres ouvem essas palavras, uma lembrança muito antiga é acionada, voltando a ter vida. Trata-se da lembrança do nosso parentesco absoluto, inegável e irrevogável com o feminino selvagem, um relacionamento que pode ter se tornado espectral pela negligência, que pode ter sido soterrado pelo excesso de domesticação, proscrito pela cultura que nos cerca ou simplesmente não ser mais compreendido. Podemos ter-nos esquecido do seu nome, podemos não atender quando ela chama o nosso; mas, na nossa medula, nós a conhecemos e sentimos sua falta. Sabemos que ela nos pertence; bem como nós a ela.” – Clarissa Pinkola Estés

– A ciranda das mulheres sábias (Clarissa Pinkola Estés)

Livro "A ciranda das mulheres sábias".
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Neste livro, também de Clarissa Pinkola Estés, é possível refletir a partir da sabedoria de mulheres mais maduras, mais sábias, com mais vivência. É uma história cheia de enigmas.

“Nunca subestime a resistência da velha sábia. Apesar de ser arrasada ou tratada injustamente, ela tem outro eu, um eu primordial, radiante e incorruptível, por baixo do eu que sofre o ataque – um eu iluminado que permanece incólume para sempre. Está comprovado que a velha sábia tem uma envergadura de asas de seis metros, escondida por baixo do casaco, e uma floresta toda dobrada no seu bolso fundo. Decerto, podem-se encontrar debaixo da sua cama pantufas de sete léguas de lamê dourado. E através de seus óculos, quase tudo que pode ser visto há de ser visto. O tapetinho diante de sua lareira pode realmente ser um tapete mágico. Quando aberto, é provável que seu xale tenha a capacidade de acionar os cães do inferno ou então de invocar a mais estrelada das noites.” – Clarissa Pinkola Estés

– Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas (Mirella Faur)

Livro "Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas".
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Este livro surgiu das experiências de sua autora, Mirella Faur, no grupo Teia de Thea, e fala sobre como os círculos femininos não falam sobre crenças ou dogmas, somente sobre a união de mulheres para estudar sobre sua própria feminilidade, para que contemplem sua Deusa interior, podendo ouvir umas as outras, fazer rituais, orações, etc.

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“Círculos Sagrados para Mulheres Contemporâneas”, fala sobre espiritualidade e é um primeiro passo em busca do Sagrado Feminino presente em cada mulher.

“A Deusa é a Grande Mãe, cósmica, celeste, telúrica, e ctônica, que dá e tira a vida, eterna Criadora, mas também Ceifadora e Regeneradora, a Tecelã Divina, que entrelaça e conduz todas as forças da Terra e do Cosmos.” – Mirella Faur

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