Sempre ouvimos que devemos nos amar primeiro pois só assim conseguiremos viver um amor verdadeiro, mas você já se deu conta de que precisamos também nos conhecer muito bem para nos entregarmos a um relacionamento real? Caso contrário, corremos o risco de culpar a outra pessoa e logo nas primeiras brigas – sim, elas vão acontecer – cair fora.
Isso acontece porque se não nos conhecemos, não sabemos o que realmente queremos, o que esperamos dos outros e muito menos como reagir perante determinadas situações. Estar com outra pessoa, a quem amamos, pode ser muito bom, mas também pode se tornar um martírio sem fim se não soubermos lidar com nossos sentimentos. Aí tudo que era pra ser repleto de felicidade, amor e bem querer pode se transformar em um poço de discordâncias, nervoso, desconfiança e tristeza.
Vejo muita gente dizendo que o verdadeiro amor acontece apenas depois de diversas decepções. Acredito que isso acontece porque a maioria das pessoas só se dá conta de quem realmente é e o que realmente quer depois da maturidade, que só vem com o tempo e invariavelmente, com os erros.
Antes de ingressar em um relacionamento, o ideal é que a gente se faça algumas perguntas básicas e só sossegue depois de obter respostas para todas elas. Se você pretende que seu relacionamento seja bom, duradouro e feliz, faça isso por você.
1 – Qual tipo de relacionamento você está preparado para ter?
Podemos idealizar um relacionamento perfeito mas não temos condições de viver um do mesmo tipo no momento, então o ideal é ter sempre em mente o que podemos realizar. Se por exemplo, você sonha com um relacionamento de total entrega e atenção mas está em uma fase em que precisa dar conta de trabalho, faculdade, cursos, família, amigos e ainda do namorado, talvez seja melhor repensar o que quer. Caso contrário você corre o risco de ser cobrado por algo que não pode oferecer.
2 – Você toma atitudes?
Muitas vezes deixamos oportunidades de felicidade passar, porque não queremos ter a iniciativa. Se você quer sair, convide o outro. Se você quer transar, dê o primeiro sinal. Se você sente saudade, fale. Se você quer conversar, inicie o assunto. Perder chances esperando que o outro se manifeste é a pior besteira que você pode fazer.
Tenha em mente que você pode sim ter iniciativa, basta querer.
3 – Qual tipo de pessoa você procura?
Alguns relacionamentos vão por água abaixo tão logo os parceiros se conhecem um pouco melhor. Isso porque a maioria das pessoas acaba aceitando um belo sorriso como um convite para a felicidade, mas não se dá conta de que aquela pessoa é exatamente o seu oposto. Se você adora ver seriados debaixo do edredom em um sábado à noite não tem porque iniciar um relacionamento com um baladeiro nato.
4 – O que você realmente espera de uma relação?
Se você responder qualquer coisa que vá muito além de amor, felicidade, respeito e companheirismo, talvez deva repensar seus conceitos. Digo isso porque muitas pessoas esperam que um relacionamento as salve de uma vida entediante ou de uma vida em que não conseguem ter amor-próprio. E, neste caso, devo lhe dizer que não adianta nem começar porque é fato que vai terminar, nada bem e muito rápido.
Um relacionamento pode agregar coisas a sua vida mas nunca irá salvar você de nada. É importante se conhecer para que você mesmo faça isso por você. É daquelas coisas que só você pode fazer.
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5 – O que realmente e verdadeiramente o faz feliz?
Essa é uma pergunta básica para se ter a resposta na ponta da língua, independente de relacionamentos. Mas, como o tema é estar em uma relação, peço que pense aqui nas coisas que o faz feliz e realmente o faz sentir orgulho, excitação e sensação de pertencimento.
Seu parceiro não precisa ser alguém que goste exatamente das mesmas coisas, mas precisa ser alguém com quem você possa dividir isso e que o respeite e o incentive nestas atividades. Nunca cobre de alguém que nunca participou de sua vida que faça isso de uma hora para outra. Parcerias não acontecem de imediato e se você não souber por que busca um parceiro, de que vale? Pense nisso!