Algumas pessoas morrem de medo de morrer! Acha isso loucura? Entenda a tanatofobia, o medo de morrer e conheça diagnóstico, sintomas e tratamentos.
Conheça a tanatofobia
Antes de explicarmos o que é tanatofobia, precisamos entender o que é fobia. Fobia é diferente de medo, pois este surge em decorrência de um perigo real. A fobia é um pavor inexplicável de situações, lugares, animais e objetos que não oferecem nenhum risco. O extremismo desse pavor o transforma em algo assustador ou até mesmo impede o indivíduo de realizar tarefas ou ir a locais corriqueiros.
A palavra tanatofobia é de origem grega. Thanatos é o filho de Nix (noite) e irmão de Hipnos (sono). O personagem da mitologia foi gerado sem a ajuda de nenhum deus e mora no reino dos mortos. Nas esculturas, é sempre representado como uma pessoa de rosto pálido coberto por um véu, olhos fechados e segurando uma foice.
A fobia da morte pode estar ligada a traumas e também ao peso que ela carrega, pois geralmente não somos educados para entendê-la com serenidade. É comum os adultos comunicarem a morte para as crianças com eufemismos do tipo “foi morar no céu”, “foi morar com Deus” e coisas do tipo. Não que seja errado explicar a morte usando conceitos religiosos, porém é preciso tratar o fato como uma decorrência da vida.
Sintomas de tanatofobia
Pessoas com sinais de tanatofobia entram em pânico apenas de ouvirem falar a palavra morte. Fogem de filmes, novelas, exposições que tratem ou façam leves menções ao assunto. Mesmo sem qualquer contato com o tema, o tanatofóbico tem pensamentos recorrentes que paralisam sua vida. Quem sofre com essa condição apresenta alguns sintomas físicos e mentais:
- Boca seca, sudorese, tonturas, tremores, palpitações, náuseas, sensação de asfixia, ondas de frio, dor no peito, formigamento e dormência;
- Dificuldade para diferenciar realidade e ilusão;
- Medo de perder o controle e enlouquecer;
- Evitar sair de casa e vontade de fugir de onde está.
Diagnóstico de tanatofobia
O diagnóstico de tanatofobia é difícil, pois o transtorno pode ser confundido com depressão e bipolaridade, visto que ambos têm como sintomas pensamentos negativos recorrentes, ansiedade extrema, delírios e perda de interesse na vida. A auto-observação do paciente é decisiva, pois ele precisa informar tudo o que sente e os impactos dos sintomas em sua vida.
As características da tanatofobia também podem ser confundidas com problemas enfrentados em doenças físicas, como esquizofrenia e Alzheimer. O psicólogo deve levar isso em consideração e pedir ao paciente para realizar exames clínicos. Descartados quaisquer problemas físicos, o tratamento começa e, em alguns casos, é feito em conjunto com o psiquiatra.
Tratamento de tanatofobia
Existem várias opções para tratar a tanatofobia. Confira!
Programação neurolinguística: a PNL consiste em reprogramar a mente para mudar padrões negativos de pensamentos. Expressões negativas como “nunca”, hipóteses e frases superlativas como “já disse milhares de vezes” são excluídas do vocabulário.
Terapia cognitivo-comportamental: foca no problema atual e como a visão sobre a vida interfere na vida da pessoa. A terapia cognitivo-comportamental é parecida com a programação neurolinguística, pois na TCC também há um treinamento para eliminar pensamentos negativos.
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Terapia comportamental: o problema presente é analisado sob o viés de situações anteriores não resolvidas.
Meditação e exercícios de respiração também podem entrar no tratamento como terapias auxiliares.
O medo de morrer e qualquer outra fobia devem ser tratados. Se você ou algum conhecido precisa de ajuda, mas não tem condições, saiba onde conseguir tratamento gratuito.