Nutrição

Pescetarianismo: alimentação baseada em peixes e frutos do mar

Pescetarianismo
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Escrito por Eu Sem Fronteiras

Quando o assunto alimentação consciente é abordado, muitas bandeiras são levantadas a respeito da não ingestão de carne vermelha em respeito à dor animal e o processo de sua industrialização que, em grande maioria, consiste na crueldade e nos maus tratos em nome da simples aquisição de produtos que provenham desta origem.

E não é apenas o consumo da carne propriamente; sabe-se que centenas de empresas do ramo farmacêutico usam laboratórios para realizar testes de medicamentos em animais.

Pagando um preço alto (às vezes até com a própria vida), tudo ocorre apenas para que haja a qualificação de cosméticos, remédios e outros artigos industriais que vão direto para as prateleiras. O questionamento é antigo e, com o passar dos anos, estilos alternativos de alimentação não têm faltado.

Cada vez mais, milhares de pessoas se tornam adeptas a dietas distintas das quais estavam acostumadas, não apenas por uma preocupação com a saúde, mas também por crenças pessoais e por defenderem certos ideais.

O vegetarianismo, por exemplo, é uma prática muita antiga com forte ligação religiosa. No Budismo, entende-se que qualquer ser vivo é sagrado e por esse motivo não se deve ferir, matar e muito menos comer o que para eles são nossos semelhantes.

Aqui no Ocidente, simpatizantes e protetores dos animais compartilham da mesma ideia e afirmam que os bichinhos sentem dor e passam por sofrimento sem tamanho ao serem submetidos a tais procedimentos que incluem sessões de brutalidade e truculência.

Para outros, se abster da carne vermelha é uma opção para a redução de problemas graves, como o câncer e o enfarte. Centenas de pesquisas já foram levantadas acerca das consequências da carne e essas duas doenças foram algumas das causas mais sérias apontadas por elas.

Indo para uma linha um pouco mais radical, temos os veganos, que são aqueles que abdicam de todo e qualquer produto que se origina de um animal. Ou seja, roupas, cosméticos, bens de consumo em geral e, é claro, a comida. Só podem ser naturais. Nada de ovos e derivados, carnes (incluindo frango, peixe, frutos do mar etc.) e laticínios.

A filosofia dos veganos é a libertação animal em todos os ramos possíveis, não só o alimentício. A crença de que os bichos sentem e sofrem da mesma maneira que um humano impulsiona a luta contra esse sistema divisório enraizado em nossa cultura.

Imagem de uma salada sortida em uma tijela
nerudol de Getty Images/ Canva

Existem várias vertentes de modelos alimentares que seguem, principalmente, a sugestão de retirar de vez a carne do cardápio. Algumas mais leves, outras nem tanto, mas o que se vê são oportunidades de se encontrar um modo mais simples e saudável de levar a vida. Por último, temos o pescetarianismo, que não é muito comentado talvez por apresentar características similares as anteriores, mas com aspectos bem diferentes.

O que é esse tal de pescetarianismo?

Pescetarianismo é uma dieta alimentar que consiste na exclusão da carne (de todos os tipos de animais), mas não deixa de lado os peixes e outros frutos do mar. No prato de um adepto a este estilo, podemos encontrar ovos, cereais, nozes, hortaliças, leguminosas e laticínios.

Neste cenário, enquadra-se a turma dos que optam pela diminuição de gorduras saturadas e a inclusão de muito ômega 3 nas receitas. Não se pode afirmar que esse seja de fato um segmento vegetariano, de acordo com a abordagem propagada. Segundo a Vegetarian Society (Organização Vegetariana britânica), com legado desde 1847, esse conceito não faz parte da família do vegetarianismo já que não há elementos que mostrem interesse no bem-estar animal, mas sim pessoal.

Defender o que é certo e o que é errado diante dos fatores culturais que contribuem com o desenvolvimento de nossos costumes é algo muito difícil. E a alimentação é uma das coisas mais determinantes para que tenhamos uma cara; uma certa identidade como povo. Mudar radicalmente requer muito estudo, pesquisa, dedicação; e, para quem tem o interesse em saber mais sobre tais hábitos alimentares e adotá-los, a visita a um médico é mais do que necessária.

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Fazer mudanças sem o conhecimento preciso pode acarretar em sérios problemas de perda de nutrientes e vitaminas necessárias para o sustento do nosso corpo. Portanto, não inicie algo sem ter certeza do que se busca, sem a ajuda e o consentimento de um especialista.

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