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Fazenda de alimentos orgânicos contrata apenas moradores de rua

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Unir trabalho social e questões ambientais é uma prática extremamente positiva, porém dificilmente é executada. Para Verde Community Farm & Market, em Miami, nos Estados Unidos, isso é possível!

Criada em 2008, a Verde trata-se de uma fazenda sem fins lucrativos com certificação orgânica USDA, operada pela Carrfour Supportive Housing, como parte da Comunidade Verde Gardens.

No local, são produzidos alimentos orgânicos e o cultivo fica por conta dos moradores de rua, juntando-se aos estabelecimentos locais para gerar emprego. A horta é a principal fonte de renda para mais de 145 famílias. Além de trabalho remunerado, também é disponibilizada moradia para os trabalhadores.

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Os alimentos produzidos na fazenda são vendidos para os restaurantes locais e os clientes garantem a qualidade dos produtos. Parte do dinheiro das vendas é destinado à contratação e treinamento dos colaboradores, a outra parte é utilizada na construção e manutenção da infraestrutura.

De boa intenção o mundo está cheio. De boas práticas também!

Atitudes como essa nos enchem de esperança para acreditar num mundo melhor. E não para por aí! Ali mesmo, nos EUA, em Washington, o casal Brad e Kim Lancaster cederam seu quintal para abrigar moradores de rua.

A ideia teve início depois de o casal deparar com uma família com quatro crianças dormindo na rua. Os Lancaster fizeram o convite para que utilizassem um espaço nos fundos do terreno e eles aceitaram. Motivados e com as melhores intenções, os donos da casa criaram um camping em seu quintal, que hoje abriga cerca de 20 moradores.

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Bread é advogado e tem ciência de que acampar moradores em seu quintal é algo ilegal, mas está lutando por essa causa. Os moradores são extremamente gratos e demonstram diariamente sua satisfação. Motivados, alguns deles já encontraram emprego e até conseguiram se mudar para uma casa melhor, cedendo lugar para outras famílias necessitadas.

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Michael Gallo, um dos moradores, declarou que “alguns vizinhos começaram a aparecer e conhecer-nos como realmente somos. Viram que não somos todos viciados em drogas, alcoólatras e pessoas desabrigadas e horríveis. Nós somos pessoas que estão passando por tempos difíceis em nossas vidas”. Aaron Ervin, outro integrante do camping, disse: “Para nós, é importante sermos vistos apenas como pessoas, sem o título de moradores em situação de rua. Nós não somos de outro planeta”.


Escrito por Natalia Nocelli da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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