Você, assim como eu, em algum momento já se pegou pensando em qual seria sua missão aqui na Terra. Creio que todo mundo já se questionou sobre isso e se ainda não fez esse questionamento, fará.
É humano o desejo de saber, afinal, porque estamos aqui. Além de nossos compromissos e responsabilidades diárias, qual é o sentido maior de nossa passagem pela Terra, qual o real significado de nossa existência, não como uma raça, mas de maneira individual.
Essa questão normalmente ocorre nas fases em que nada parece dar certo ou que a nossa utilidade como indivíduo parece se resumir a levantar, executar uma porção de atividades rotineiras, deitar e no dia seguinte fazer tudo de novo.
É um pensamento que também pode aparecer quando presenciamos ou temos notícias de um grande feito realizado por uma pessoa comum através de um grande gesto, ou por alguém de um talento incomum que consegue com um pequeno gesto, transformar coisas, lugares ou pessoas.
Não se deixe enganar por essa sensação.
Essa insignificância, em termos missionários, que às vezes parece se apresentar sob a forma de destino ou lugar comum em nossas vidas, não é real.
Todos os dias somos protagonistas de transformações, mais ou menos visíveis e que impactam direta ou indiretamente no universo ao nosso redor.
Muitas vezes com uma propagação que sequer somos capazes de imaginar ou até de ter ciência do alcance de nossas ações.
Estamos todos cumprindo as nossas missões em diferentes proporções, mas com a mesma importância e a todo instante.
Um número imenso de pessoas passa a vida insatisfeita com seu trabalho ou com suas relações pessoais. Atribuem a isso a incansável busca ao propósito de sua existência que não conseguem encontrar.
Na maioria dos casos, sentem-se ainda mais frustradas ao se comparar com outros, que segundo seu ponto de vista, têm uma vida mais cheia de emoção ou mais livre de conflitos.
Enquanto o olhar está na busca comparativa, perde-se a oportunidade de buscar os próprios caminhos e objetivos. Caminhos esses que, na maioria das vezes, se apresentam espontaneamente em nossas vidas, quase sempre independente de nossa vontade.
Quantas vezes uma situação na qual sua ação ou ajuda foi necessária se apresentou e tornou a se repetir até que, quando você se deu conta, se tornou uma referência no assunto? Seja ao dar certo tipo de aconselhamento, executar um determinado tipo de tarefa, ou ainda ser um mediador para algumas situações.
Se isso aconteceu, pode ser e não é incomum, que em algum momento tal situação pode ter incomodado. Aquele tipo de responsabilidade que te foi dada sem você pedir, mas que em razão das circunstâncias você passou a assumir. E por isso se tornou uma espécie de moderador.
Acredito que o simples fato de ser útil já nos torna de alguma forma missionários e dispensa até certo ponto essa busca por algo grandioso e notório para dizer: “foi para isso que eu vim”. É certo que muitos encontrarão seu caminho por essas vias, mas se esse não é seu caso, assim como o meu, não quer dizer que sua vida não tem uma finalidade.
Pode ser, e a vida já se encarregou muitas vezes de corroborar com esse pensamento, que essa missão que nos empenhamos tanto em descobrir já está em andamento através de dois níveis diferentes de execução: uma com nós mesmos e outra com o próximo.
Absorver a lição de cada situação e aprender com ela, pode ser uma missão individual.
Absorver a lição de cada situação e aprender com ela, pode ser uma missão individual e coletiva que nos compete desenvolver com muito primor para a nossa própria evolução.
Através dessa evolução somos capazes de descobrir o que é possível “consertar” na nossa maneira de entender o mundo e dessa forma sermos mais úteis para aqueles que estão ao nosso redor.
Dessa forma nos tornamos transformadores e nesse exato ponto a nossa missão está em andamento.
Nossa missão na Terra, portanto, talvez seja muito mais simples e despretensiosa do que imaginamos. E justamente quando as nossas ações são despretensiosas, mas executadas com um grande grau de generosidade é que ganham a configuração de uma missão.
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Assim, sugiro que da próxima vez que pensar em qual sua missão na Terra, não pense somente em um projeto grandioso, mas no quão grandioso é o amor que coloca em cada pequeno gesto da sua vida.
Porque no final das contas, seja como for, o amor é a missão.