Energeticamente, temos poucas chances de influenciar a nossa realidade externa negativa enquanto não a vemos de uma perspectiva positiva. O paradoxo está no fato de que à medida que nossas percepções mudam, nossos sentimentos também mudam.
Comparar o ser humano ao urubu pode parecer estranho para você. Imagino que deva estar se perguntando qual é a relação entre ambos, acertei? Então, vamos lá. Nos dias de hoje, infelizmente, é comum ver publicadas no Facebook e WhatsApp fotos de pessoas mortas, acidentadas, cenas trágicas e outras situações que, para alguns, podem chocar.
Já para outros são estímulo para likes e compartilhamentos. E acredite, entre a foto de uma paisagem cenográfica e a de um desastre, a segunda poderá ter mais visualizações, comentários e compartilhamentos do que aquela que encanta os olhos.
Já tive a oportunidade de testar e comprovei que tudo o que é ruim ou negativo se propaga numa velocidade três vezes maior do que aquilo que é positivo. E eu sempre me perguntava por quê.
A resposta sobre essa constatação me motivou a escrever sobre esse assunto, pois acredito que é uma oportunidade de refletir a respeito de como estamos lidando com a exposição dos fatos e acontecimentos cotidianos.
Assim como os urubus precisam encontrar o local onde um animal morreu para se alimentar, há pessoas que sentem a necessidade de buscar fatos ou acontecimentos tristes e dolorosos para “alimentar” as emoções.
Em geral, a negatividade costuma atrair indivíduos que estão cheios de coisas negativas dentro de si mesmos. São pensamentos, crenças, tristeza, medo, mágoa, raiva e outros. Essas emoções, se incentivadas, tendem a crescer e a se fortalecer. E a pessoa precisa cada vez mais disso para se sentir bem, ou seja, a negatividade alimenta esses sentimentos ruins e isso gera, para ela, uma satisfação.
E foi nesse sentido que eu quis comparar o ser humano e o urubu. Ambos se alimentam da má sorte das vítimas. Com uma grande diferença: o urubu precisa disso para sobreviver, seu organismo está preparado para lidar com aquilo que consideramos ruim. Já para o ser humano, isso só traz malefícios.
É lamentável, mas o que percebemos é que existe uma atração em seres humanos com este comportamento que os impulsiona a ler, ouvir, assistir e conversar sobre notícias negativas. Basta ligar a TV ou mesmo navegar nas redes sociais. Há uma quantidade enorme de notícias que geram sentimentos negativos. E não adianta culpar a mídia, pois ela veicula o que dá ibope, aquilo que as pessoas se interessam, caso contrário, os meios de comunicação seriam obrigados a mudar o tipo de matéria que divulgam.
Não posso discordar que há notícias que podem levar a sociedade a aprender com aquela experiência. O que não aprovo é o sensacionalismo desmedido. O que essas pessoas talvez não saibam é que nutrir-se desse tipo de situação pode elevar os níveis de estresse, aumentar o pessimismo, gerar fobias e doenças psíquicas.
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Numa sociedade que hipervaloriza notícias ruins, somos assediados o tempo todo para “nos alimentarmos” desse mal. O melhor a fazer, em minha opinião, é resistir, na medida do possível, e evitar ambientes, situações e pessoas negativas. Com certeza, você se sentirá mais leve e feliz! Viva o que é bom! Viva o que te faz bem! Viva a vida!