Autoconhecimento Beleza Natural

Amar o corpo em que habito

Escrito por Juliana Ferraro

Se eu postar uma foto nas mídias sociais e escrever “ame seu corpo”, o que você vai pensar?

Eu sou magra. Quem me conhece mais ou menos me olha e pensa que eu não posso ter problemas com o físico.

Quem disse que pessoas magras, só por serem magras, devem amar seu corpo? Por que basta ser magra para se amar?

Isso significa duas coisas: pessoas magras não têm problema de autoestima e pessoas que não são magras têm, ou seria mais esperado que tivessem.

Mentiraaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Eu, na época em que estive mais magra e em forma foi quando mais sofri psicologicamente, pois parecia que eu não estava em forma o suficiente. Quanto mais eu fazia dieta, mais eu queria me fechar e ficar odiando pedacinhos do meu corpo.

Quanto mais espelhos eu via, mais defeitos eu encontrava. E parecia que eu só poderia ser feliz se fosse perfeita, sempre mais magra, sempre com mais julgamento.

Na verdade, qualquer pessoa pode colocar uma foto de si e dizer “ame seu corpo”. Eu tenho quase certeza de que a maioria das mulheres já passaram ou passam por alguma questão em aceitar o lugar onde habitam. Não importa seu tipo físico. Todas já fizeram dietas para emagrecer, ganhar massa ou engordar. Muitas já tiveram filhos e seu corpo mudou e, ao invés de amar esse novo corpo, querem fazer de tudo para voltar à antiga forma. Algumas tomam suplementos e injeções de hormônios, tornando o corpo “perfeito”, mas a que preço?

Quanto mais espelhos eu via, mais defeitos eu encontrava.

Às vezes uma mulher magra pode sofrer de anorexia ou bulimia e estar sofrendo muito, embora possa não aparentar em seu físico. Pode até deixar suas amigas com inveja. Mas quem quer estar na cabeça de uma pessoa que se recusa a comer e até sofrer graves consequências? Isso ninguém quer.

O que queremos é ser feliz. Com o nosso corpo, não importa como ele pareça. E todas temos que aprender a amar esse corpo, porque somos educadas a sempre nos criticar. Magras ou não, parece que sempre tem algo para julgar.

Quanto mais sigo o que meu corpo me pede, vou honrando esse lugar e aprendendo a conviver dentro dele. Quanto menos me comparo com outras mulheres, mais à vontade me sinto. E isso não tem a ver com estar magra. Tem períodos da vida que eu como mais, ganho peso, mas procuro evitar me julgar. Tem períodos que estou mais agitada, mais centrada, perco peso. Não devo me vangloriar por isso. Ninguém é melhor que ninguém por perder ou ganhar peso.

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A beleza está em aceitar, compreender e habitar esse lugar, considerando que ele é sagrado, carrega o código genético de toda a sua linhagem e ancestralidade, carrega suas histórias e dores e demonstra as feridas das nossas almas, para que possamos vê-las e cuidar delas nessa vida.

A cada dia vamos nos libertando desse condicionamento imposto socialmente e internalizado, não importa como seja seu corpo, se permita perceber que sempre e a todo o momento, estamos aprendendo a amá-lo.

Sobre o autor

Juliana Ferraro

Juliana Ferraro é psicóloga por formação e viajante por amor às coisas novas da vida. Seu contato com diferentes línguas e culturas começou quando ela ainda trabalhava no Club Méditerranée. Depois fez um mochilão pelo mundo em busca de autoconhecimento. Em pouco mais de um ano conheceu diversos países asiáticos, em especial a Índia, onde fundou uma paixão profunda pela yoga e pela meditação. No Brasil: morou, deu aulas de yoga e se formou como massoterapeuta, em Paraty, RJ. Foi nessa época que concluiu quatro cursos de dez dias de meditação Vipassana e se aprofundou na prática de Ashtanga Yoga. Hoje, ela está estudando Ashtanga Yoga no KPJAYI, em Mysore, Índia. E dá aulas de Ashtanga Yoga online.

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