O cigarro já foi considerado um dos artigos de luxo mais consumidos na década de 1950, devido ao crescimento da publicidade naquela época. Consumido por homens, mulheres e até adolescentes, ele era um objeto que indicava glamour, poder, charme, além de outras características que rodeavam o ambiente da sociedade. Curiosamente, o uso desenfreado do cigarro não foi algo que parou no tempo. A popularidade da nicotina envolta a um filtro de papel ganhou espaço gigante na mídia, fazendo dele o protagonista de uma história cheia de reviravoltas no cenário mundial.
Causas como hipertensão arterial, infarto do miocárdio, bronquite crônica, enfisema pulmonar, cânceres em todas as regiões do corpo, impotência sexual, estomatite e tuberculose são apenas alguns dos males provocados pelas mais de 4500 substâncias tóxicas encontradas no tabaco.
De mocinha a vilão, a indústria do cigarro imperou por muitos anos como absoluta no mercado e nas vendas, porém, com o passar do tempo, sua força caiu em decorrência das pesquisas e dos casos que comprovavam seus malefícios. De lá pra cá, existe uma guerra contra o uso do cigarro e uma luta dos que têm dificuldades em parar de fumar.
Com o avanço da tecnologia e da medicina, muitas alternativas foram criadas para os que buscam a libertação do vício. Algumas radicais, outras mais leves, mas todas com o seu grau de dificuldade contribuíram (e contribuem) para a diminuição de consumidores da droga. E, para os que querem experimentar meios diferentes para iniciar o processo de largá-lo, separamos algumas dicas naturais que podem dar uma força nessa batalha. Confira!
Exercícios físicos
Quando um fumante começa a querer deixar o vício, uma das sensações de maior agonia provocada pelo não uso é a ansiedade. Levantar cedo, praticar exercícios leves ou, se preferir, fazer uma caminhada curta, além de te ajudar a aliviar as reações causadas pela ansiedade, fará com que haja uma melhora de sua frequência cardíaca e pulmonar. No começo, será comum perceber o fôlego mais calmo e lento, porém com o tempo ele voltará ao normal.
Meditação
Os benefícios da meditação ao nosso corpo e mente são diversos, e muito já se tem falado sobre eles. No caso do fumo, não é diferente. A prática entra como um momento de reflexão, esvaziamento e presença. Reserve uns minutos de seu dia para simplesmente respirar profunda e lentamente e faça um treino de autocontrole. Quando a vontade aparecer, se questione, se cobre e não se deixe levar pela vontade do corpo. A mente é poderosa e tem a capacidade de te alertar dos riscos que você poderá sofrer no futuro.
Acupuntura
Se você tomou a decisão de parar de fumar recentemente, a acupuntura pode ser uma das alternativas mais indicadas. A terapia age de maneira semelhante aos medicamentos que substituem a nicotina e por esse motivo ela oferece resultados bem no início do tratamento. Os adesivos de nicotina, por exemplo, fazem efeito dentro de um ano, mais ou menos; após isso, agem como um placebo. E o mesmo acontece com a acupuntura. No entanto, não descarte a opção. Vale a pena dar uma chance.
A natureza é rica em plantas e ervas com funções medicinais que nos ajudam há séculos. São tantas receitinhas da avó que passam de mãe pra filha que não dá pra negar que elas realmente possam surtir efeito positivo. A pior fase de quem passa por esse transtorno é o início, pois as crises de abstinência são mais fortes e difíceis de serem controladas. Dentre os produtos naturais mais indicados estão:
– Erva de São João (Hipérico): ajuda a manter o bom humor e atitude positiva, sendo também usada contra a depressão;
– Ginseng: conhecido como um potencializador de energia, o ginseng ajuda no alívio da ansiedade, fadiga e estresse. E, para quem já está sem os efeitos da nicotina no corpo, a erva oferece um balanceamento e equilíbrio ao organismo em readaptação;
– Hortelã: muitas pessoas acabam sentindo náuseas quando ficam sem fumar e esse é um dos sinais da abstinência em estágio inicial. Excelente para o sistema digestivo, a hortelã tem poder ativo para aliviá-las, além de controlar os níveis de ansiedade e as dores de cabeça;
– Gengibre: como tem um sabor forte, o gengibre provoca uma saciedade em quem o consome e, com isso, ao ser usado no tratamento antifumo, ajuda a aliviar o desejo de fumar;
– Cavalinha: se o intuito é fazer uma desintoxicação no corpo, essa erva é a mais recomendada. Com a desintoxicação, são eliminadas as toxinas do cigarro que causam danos ao organismo;
– Lobelia: a lobelia produz substância similar a do cigarro e por este motivo é usada em alguns casos como substituta da nicotina. Agindo como receptora de dopamina no cérebro, ela faz com que os riscos de abstinência sejam menores.
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Existem ainda várias raízes e plantas naturais que podem auxiliar e trazer mais qualidade ao tratamento contra o tabagismo. Porém, é necessário, antes de qualquer automedicamento, fazer uma consulta médica. Em algumas situações, somente um especialista poderá, de maneira assertiva, encontrar o melhor método para cada tipo de pessoa.
Texto escrito por Juliana Alves de Souza da Equipe Eu Sem Fronteiras.