Você provavelmente já ouviu falar da tireoide e de problemas no organismo causados pelas doenças nesta glândula, pois eles são bastante comuns. Segundo as informações do Instituto da Tireoide, 15% da população acima de 45 anos sofre com problemas do tipo.
A glândula tireoide fica localizada no pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão, e é a responsável por regular o funcionamento de diversos órgãos do corpo, como o coração, o cérebro, fígado e rins, por meio da liberação de hormônios. A glândula atua no crescimento, na regulação do peso e altura, na memória, no ciclo menstrual e na fertilidade, sem falar na regulação do humor e da estabilidade emocional.
As disfunções na tireoide podem acontecer em qualquer idade e geralmente são fáceis de detectar e, com acompanhamento médico e nutricional, podem ser regulados e controlados com tranquilidade.
Algumas das irregularidades mais conhecidas da glândula tireoide derivam da produção descompensada de hormônios. Se as substâncias são produzidas em excesso causam o hipertireoidismo. Nesse caso, também é comum que ocorra o aumento do volume da glândula – fenômeno chamado de bócio. Por outro lado, algumas pessoas sofrem com a produção hormonal insuficiente, doença chamada de hipotireoidismo.
Além disso, também são muitos os casos de nódulos nesta glândula. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, cerca de 60% da população brasileira têm nódulos na tireoide, sendo que mais de 90% dos casos são de tumores benignos.
A causa da maioria dos nódulos ou das alterações hormonais está relacionada ao envelhecimento da glândula e a processos orgânicos e genéticos da tireoide. Porém, a quantidade de iodo ingerido também pode influenciar nas irregularidades.
No caso do hipotireoidismo (ou seja, quando a quantidade de hormônios produzidos está abaixo do normal), a doença pode surgir pela carência severa de iodo na dieta. Esse é o tipo mais comum de disfunção hormonal da tireoide, que aparece em uma a cada 10 mulheres com mais de 65 anos, segundo o Instituto da Tireoide. Já no caso do hipertireoidismo (ou seja, quando existe o excesso de produção hormonal), o consumo excessivo de iodo pode causar a doença.
Como a carência do iodo pode provocar a produção de hormônios da tireoide, uma lei já incorporou, há alguns anos, certa quantidade do nutriente no sal de cozinha vendido no Brasil. Este já foi o primeiro passo para uma mudança de hábito em âmbito nacional, mas é válido que todos procurem manter uma dieta equilibrada, prestando atenção no consumo de iodo e nutrientes como o zinco, selênio e ômega-3, para que a incidência de problemas na tireoide continue diminuindo.
É claro que o acompanhamento médico e nutricional em casos de doenças na tireoide é muito importante, mas, abaixo, listamos alguns alimentos e nutrientes que podem ajudar na regulação e controle da glândula para os pacientes do tipo mais comum de disfunção, o hipotireoidismo.
- Óleo de peixe: Com a mesma linha das algas marinhas, o óleo de peixe é rico em iodo. Peixes como o salmão, a sardinha e o atum são os mais indicados nestes casos, e o consumo indicado é de 120 gramas, três vezes por semana.
-
Algas Marinhas: Estas são fontes ricas em iodo e possuem uma relevante quantidade de selênio, ambos nutrientes essenciais para a produção de hormônios.
-
Castanha do Pará: Esta oleaginosa é rica em selênio e ômega-3 e ajuda na produção hormonal da tireoide. Alguns nutricionistas indicam o consumo de duas a três castanhas por dia, que podem ser consumidas trituradas em saladas, frutas, ou outras preparações diversas de sua preferência.
- Quinua: Este alimento é uma ótima fonte de cálcio, ferro, magnésio, potássio, zinco e selênio. Cerca de duas colheres por semana já são suficientes para uma dieta balanceada.
-
Leite e derivados: O leite e seus derivados são ricos em cálcio, vitamina D, A e iodo, alguns dos principais nutrientes para o funcionamento da tireoide.
-
Gema de ovo: A gema, apesar de apresentar uma quantidade de iodo não tão alta, é rica em vitamina-A, que também é importante para a produção hormonal da tireoide.
-
Carne vermelha: As carnes vermelhas são ricas em zinco e selênio, que ajudam na produção hormonal. Mas, como contém quantidades consideráveis de gordura saturada, devem ser consumidas com moderação. O ideal é que sejam ingeridos três bifes médios por semana.
-
Água: Por fim, a água é um dos itens mais importantes para a regulação e bom funcionamento do corpo. O consumo diário, de cerca de 2 litros, auxilia no metabolismo, ajuda a se livrar de inchaços, retenção de líquido e ainda facilita a digestão e combate a prisão de ventre.
Você também pode gostar
Escrito por Giovanna Frugis da Equipe Eu Sem Fronteiras.