O ser humano almeja a felicidade e bem-estar. Cada pessoa tem seus próprios sonhos e anseios, os quais tenta atingir pelos mais variados meios. Esse é um desejo justo e um direito inerente a todos os seres.
Atingir essas metas é algo que exige planejamento. Metas concretas, conquistas materiais e reconhecimento, podem trazer muita alegria e satisfação. Mas sabemos que apenas o material não suprirá todas as necessidades da alma humana.
É preciso estabelecer o que realmente se entende por sucesso. E saber que isso varia de pessoa para pessoa. Se não nos conhecemos, de modo profundo, e se não conhecemos a realidade que nos cerca, estaremos vivendo uma vida irreal, baseada naquilo que a sociedade quer nos impor.
Em primeiro lugar, devemos aceitar a realidade do que somos, incluindo aquele lado mais sombrio, que muitas vezes não temos coragem em admitir. Sócrates (filósofo grego, 470 a. C. – 399 a. C.) afirmava: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses”. Isso significa que o autoconhecimento é a poderosa chave que nos abre as portas da própria criação. E isso é alcançado a partir do momento que enfrentamos os nossos medos.
Na maior parte do tempo, vivemos no “piloto automático”. Ao aceitar que nós somos a matriz, a origem de tudo que acontece em nossas vidas, podemos alcançar um estado de paz interior que permite a auto-observação profunda. Assim compreendemos como funcionamos, o que nos impulsiona ou paralisa, como fomos programados anteriormente e como podemos alterar essa programação.
Estabelecendo uma conversa interior com cada uma das nossas partes internas, vamos procurar entender – e, principalmente, perdoar – a razão de pensarmos anteriormente de um jeito que nos foi imposto e já não nos serve mais. Logo, compreenderemos a natureza divina que nos habita.
Reprogramando a nossa mente, através de afirmações diárias constantes, vamos internalizando essa realidade em nosso interior. Não existe nada a temer, pois o medo também é uma programação e como tal, pode ser substituída pela coragem.
A repetição constante de afirmações positivas faz que elas sejam levadas da mente, passando pelas emoções e atingindo até o nosso corpo físico, plasmando na realidade aquilo que pensamos. Recuperamos o controle de nossa realidade, em todos os níveis.
Do mesmo jeito que criamos uma situação, podemos gerar a mudança daquilo que está nos prejudicando ou impedindo que a nossa alma conquiste. Fazemos isso através da compreensão e do amor por nós mesmos, por todas as partes que nos compõem. A partir disso, podemos enviar novos comandos para a nossa mente, dizendo simplesmente como queremos que ela passe a agir. O processo funciona assim: gero a minha meta, alimento-a positivamente e logo estarei vivendo essa nova realidade.
A autoaceitação é como um músculo, que deve ser constantemente exercitado para funcionar adequadamente. Procure repetir, para todos os níveis internos de consciência, que você buscou o que lhe pareceu ser, em dado momento, a melhor opção. Quando nos aceitamos, nos acolhemos e bancamos os nossos desejos como legítimos, o caminho se abre e podemos avançar em direção aos nossos anseios.
É preciso lembrar que cada um de nós gera suas próprias experiências, mesmo que, aparentemente, a criação venha de um agente externo. Nada pode me afetar sem que eu participe de forma ativa. Nós somos a fonte, a causa e os efeitos, eternamente. A cura se dá pela compreensão e aceitação.
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Precisamos assumir e bancar todos os nossos atos com apreciação e compreensão, mesmo os que nos envergonham. Essa é a base da harmonia interior. Entenda que você está em um contínuo processo de evolução e opta sempre por aquilo que acha que é o melhor. É importante se questionar: por que estou gerando essa situação? Toda experiência é precedida pelo sentimento, desejo ou intenção, que levam à manifestação.
Às vezes os nossos desejos não se tornam realidade. Isso ocorre por falta de alinhamento interno com aquilo que se deseja. Para manter o foco em nosso desejo e ter certeza que vamos atingi-lo, devemos nos tornar conscientes do que percebemos e do que emanamos. Assim, vamos adequando e redirecionando aquilo que sentimos.
Esse é o caminho para finalmente conscientizarmos que somos capazes de fazer muito mais do que o nosso corpo alcança, pois somos o Universo que faz e se torna Tudo.
Referência
“Quem é Você?” – João de Deus Martins Gonsalves – Editora Madras – São Paulo.